Estudantes brasileiros são os mais “felizes”, porém “ansiosos”, aponta estudo

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O Brasil só perde para a Costa Rica em nível de ansiedade durante avaliações na educação básica. De acordo com os novos dados apresentados nesta quarta-feira (19) pelo Pisa 2015, levantamento internacional que reúne informações de 72 países e regiões, 80,8% dos estudantes brasileiros de 15 anos afirmam sentir muita ansiedade durante as provas, mesmo estando preparados. A média das nações envolvidas é de 55,5% e a Costa Rica apresenta resultado de 81,2%.

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Brasil continua entre os piores do mundo em ciências, matemática e leitura

O relatório sobre o bem-estar dos estudantes foi divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), órgão responsável pelo Pisa 2015. Participaram dessa edição 540 mil estudantes que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos de diversas partes do mundo.

Além da ansiedade, 56% dos estudantes brasileiros confirmaram que ficam tensos ao estudar. Nesse quesito, a média da OCDE é de 36,6%.

Por outro lado, os alunos brasileiros aparecem entre os mais felizes com a vida. Enquanto que a média de satisfação dos estudantes de países avaliados pela OCDE é de 34,1%, 44,6% dos brasileiros se dizem muito satisfeitos. Do total, 76,1% sentem-se parte da comunidade escolar – a média da OCDE é de 73% - e 63,9% afirmam que gostariam de estar entre os melhores da classe

Internet

O levantamento do Pisa mostrou ainda que os brasileiros passam mais de 190 minutos (3 horas) por dia na internet durante a semana, fora de sala de aula. Nos finais de semana, esse tempo chega a 209 minutos. A média da OCDE é de um pouco mais de duas horas.

Bullying

O Brasil, em um ranking de 53 países com dados disponíveis sobre bullying, está entre os menores índices de exposição dessa prática, na 43ª colocação. Nas entrevistas, 9% dos brasileiros foram considerados pelo estudo como vítimas frequentes de bullying. Nos relatos, 17,5% dos brasileiros disseram sofrer algum tipo de agressão moral ‘algumas vezes por mês’, 9,3% serem alvos de piadas, 4,1% dizem sofrer ameaças e 3,2% confirmaram que já foram agredidos fisicamente.