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Fluência

Estudantes buscam métodos alternativos para aprender idiomas

Além da sala de aula, o casal Angélica e Rafael Hasson aproveita as atividades práticas para treinar o francês. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Além da sala de aula, o casal Angélica e Rafael Hasson aproveita as atividades práticas para treinar o francês. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

As escolas de idiomas e os próprios estudantes têm apostado cada vez mais em métodos alternativos para aprofundar conhecimentos e praticar uma língua estrangeira. De conversas em chats com pessoas de todas as partes do mundo a aulas práticas nas instituições de ensino, os especialistas reforçam que vale de tudo para trazer o idioma para o “mundo real” e o inserir no dia a dia do novo falante.

Para se decidir pelo caminho mais adequado ao estudo, é importante que a pessoa conheça seu modo de aprendizagem e defina seu objetivo, ou seja, identifique o fator que a motivou a aprender uma segunda língua, como explica Karina Fernandes, mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professora de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

“Se ela estuda por hobby ou para viajar, pode procurar [métodos] que focam na oralidade. Se vai fazer um mestrado ou doutorado, pode enfatizar a interpretação de textos”, explica.

Aula prática

Proporcionar a experiência prática como forma de estimular os alunos no aprendizado do idioma é uma das apostas do Centro Europeu. Para isso, a escola incorporou às horas de estudo em sala atividades extracurriculares ministradas nas línguas ofertadas pela instituição.

Ronaldo Cavalheri, diretor-geral do Centro Europeu, conta que a iniciativa teve início há cerca de quatro anos, com a criação do “Sabor na Ponta da Língua”, atividade na qual um chef de cozinha ensina sobre a origem e o preparo de pratos no idioma estudado pelos alunos. No último ano, a iniciativa ganhou força com a inserção de novas aulas, como fotografia, moda e beleza.

“É uma experiência que possibilita ao aluno ser o protagonista do seu processo de aprendizagem. As atividades deixam os estudantes mais confortáveis para falar, além de trabalhar a criatividade e a inserção social dentro do idioma”, explica Cavalheri.

A analista de sistemas, Angélica Domingues dos Santos Hasson, aprovou a proposta. Ela, que já é fluente em inglês e finalizou em dezembro o primeiro módulo de francês na companhia do marido, Rafael Hasson, diz que as aulas extras são uma forma de colocar à prova tudo o que foi aprendido em sala. “Faz diferença porque é um momento de descontração, de lazer. É diferente do [clima] de aula, na qual ficamos anotando tudo”, avalia.

Contato com a língua

Fazer do idioma uma presença constante em diferentes atividades do dia a dia, e não apenas no período de aula, é outra aposta que pode gerar bons resultados. A professora Karina lembra que isso envolve desde mudar o idioma do celular (e de outros aparelhos eletrônicos) para o estudado até restringir a ele a comunicação com amigos e familiares fluentes ou que também estejam em processo de aprendizagem.

“No que se refere aos bebês, como temos uma geração de pais que falam outros idiomas, a sugestão é para que eles se comuniquem com a criança somente nesta segunda língua”, acrescenta.

Recorrer aos grupos de conversação é outra opção viável para aqueles que não tem com quem praticar o idioma ou disponibilidade de tempo e/ou de recursos para fazer um intercâmbio. “As pessoas esperam muito dos professores. Muitas vezes elas não percebem que podem ir atrás [do conhecimento] sem precisar que alguém lhes diga como fazer”, destaca Karina.

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