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Maquete com sensores: porta abre, lâmpadas se apagam | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Maquete com sensores: porta abre, lâmpadas se apagam| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Uma miniturbina capaz de usar a água que entra no encanamento de uma residência para gerar energia elétrica. A bicicleta ergométrica que, quando usada, gera eletricidade para carregar baterias de celular e de aparelhos como iPod. Um caminhão programado para fazer a seleção de lixo orgânico e reciclável. Essas são algumas das invenções de 1,5 mil estudantes – desde o primeiro ano do ensino fundamental até o segundo ano do ensino médio – que exercitaram seu lado "Professor Pardal". Os projetos estarão expostos a partir de hoje nas sedes Ambiental e Júnior do Colégio Positivo, nos bairros do Alto da XV e das Mercês, respectivamente, em Curitiba. O evento é gratuito e aberto à comunidade.

A proposta é incentivar a prática científica cada vez mais cedo entre os estudantes, segundo explica o coordenador da exposição, Celso Hartmann. "A intenção é que eles aprendam a pesquisar", afirma. "Os jovens podem suprir a necessidade brasileira de cientistas. Ainda temos poucos pesquisadores brasileiros, e os países mais ricos são os detentores das idéias."

O nível de dificuldade de cada projeto aumenta de acordo com a maturidade dos estudantes. Até a 4ª série do fundamental, o tema é proposto e trabalhado em conjunto com o professor de turma. Para os estudantes de 5ª série os temas são variados e, a partir da 8ª, os estudantes são desafiados a encontrar soluções para um problema vivido pela sociedade.

Economia

Economizar energia elétrica foi um dos temas propostos insistentemente aos alunos. Na tentativa de solucionar essa problemática, cerca de 40 alunos de uma turma de 1º ano do ensino médio criaram um dispositivo que, segundo o professor de Física Jackson Milano, tem grandes chances de ser comercializado. A idéia era colocar uma espécie de gerador ou turbina que aproveitasse a pressão da água que entra nas residências para produzir corrente elétrica. O resultado é um equipamento capaz de gerar corrente elétrica para manter lâmpadas externas de 12 volts acesas. "Ainda não sabemos o rendimento que vai trazer", diz o professor. "Mas, com certeza, grandes consumidores de água, como edifícios comerciais, irão gerar quantidades interessantes de água. A idéia é propor a fabricação desse dispositivo diretamente nos canos das residências."

Um outro projeto do gênero coloca sensores nas casas para diminuir o uso de energia elétrica: assim que uma porta ou janela é aberta, permitindo a entrada de luz natural, as lâmpadas automaticamente se apagam.

Os melhores projetos de alunos de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e de 1ª série do Ensino Médio serão encaminhados para a Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação, a maior exposição do gênero no Brasil, que reúne projetos de estudantes de diferentes estados brasileiros, organizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Um dos fortes candidatos é o trabalho de Susan Amaral Jaigoebind, 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio, que tenta relacionar a diminuição da criminalidade com a prevenção e tratamento do desenvolvimento de uma mente psicopata.

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Serviço

A Mostra de Soluções para uma Vida Melhor funciona hoje das 9h às 13 horas, no Positivo Júnior (Rua Marcelino Champagnat, 733) e Positivo Jardim Ambiental (Rua Itupava, 985).

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