Duas instituições de ensino estaduais em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, estão ocupadas pelos estudantes desde quinta-feira (6). Alunos do Colégio Estadual Ana Divanir Boratto, no bairro Chapada, e do Colégio Estadual Polivalente, no Jardim Carvalho, são contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal e também pedem melhorias na estrutura das escolas.
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Segundo o movimento estudantil, há possibilidade de outras instituições da cidade serem ocupadas ainda nesta sexta-feira (7). A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Ponta Grossa informou que mantém contato com turmas de várias instituições para debater a causa. A presidente do grêmio estudantil do Polivalente, Luciele Linhares, matriculada no 2º ano do ensino médio, contou que cerca de 35 alunos passaram a noite no colégio. “Os pais estão apoiando, alguns professores e sindicatos”, diz. Durante o dia, aproximadamente 200 pessoas passaram pelo local.
Professores da UEPG decidem pela greve
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada no fim da tarde de ontem (6), professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aprovaram greve a partir da próxima quinta-feira (13). Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UEPG (Sinduepg/Andes), a decisão é uma resposta ao projeto de lei enviado pelo governador Beto Richa à Assembleia Legislativa que suspende, por tempo indeterminado, a reposição salarial de todos os servidores públicos do Paraná. Os professores destacam ainda que a reivindicação principal é o reajuste salarial de acordo com a inflação, e não aumento salarial.
A aluna Laura Machado, também do 2º ano, explica que apesar das aulas regulares estarem suspensas, os estudantes participam de “aulões”, debates e palestras. “Mas não estamos aqui só pela reforma. É também por mais segurança no colégio, que é muito vulnerável”, conta. Os alunos vão entregar ao Núcleo Regional de Educação (NRE) um documento com todos os pedidos de melhorias no local. O presidente da União dos Estudantes em Ponta Grossa, Chistopher Ferreira, explica que o grupo também faz a limpeza do ambiente, atividades culturais e o preparo da alimentação dos participantes. Segundo eles, a ocupação deve durar até que a proposta da reforma seja retirada.
De acordo com o NRE, o calendário letivo dessas escolas está suspenso. Após o fim das ocupações, os professores devem se reunir para organizar a reposição das aulas. “Os estudantes nos entregaram as reivindicações e vamos encaminhá-las à Secretaria de Estado da Educação”, explica a assistente do Núcleo Ivete Zarochinski.
Outra ocupação
Esse é o segundo caso de ocupação de colégios estaduais em Ponta Grossa neste ano. Em agosto, estudantes ocuparam por cinco dias o Colégio Estadual Frei Doroteu de Pádua, no distrito de Periquitos. Além de quatro salas de aula de madeira em más condições, os jovens reclamavam da falta de estrutura para proteger o refeitório de chuva, ventania e poeira, falta de manutenção nos banheiros e de acessibilidade na escola.
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