Atualizado às 19h04
Os estudantes que invadiram a Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na tarde de sexta-feira continuam ocupando neste domingo a Sala dos Conselhos do prédio central da instituição.
Segundo o estudante de Direito, Bruno Meirinho, que está no local, são pelo menos 45 estudantes 'ilhados' na Sala dos Conselhos, há mais de 48 horas, à espera de um diálogo com a administração. "Nós não vamos nos retirar enquanto a administração não entrar em contato conosco para uma negociação. Ainda segundo Meirinho, a reitora em exercício, Maria Tarcisa Silva Bega, teria abdicado ao cargo no sábado.
Procurada pela reportagem, Maria Tarcisa negou a informação. Ela explicou que ela e o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior fazem uma divisão normal de tarefas. "O reitor, que estava licenciado em virtude das eleições, já retomou às atividades. Eu vou conduzir as sessões do Colégio Eleitoral. Mas o reitor será o interlocutor número 1", disse. A vice-reitora explicou ainda que, na sexta-feira à noite, foi nomeada uma comissão de negociação da parte da reitoria. "É essa comissão que os estudantes devem procurar. Mas há um impasse pois os estudantes querem negociar apenas comigo ou com o reitor". A comissão é formada pela procuradora-chefe da UFPR, Dora Lúcia Bertúlio; pela assessora de Assuntos Estudantis, Cristiane Ribeiro da Silva, e pelo assessor de Relações Internacionais, professsor Antonio Carlos Gondin.
Os alunos invadiram a reitoria por volta das 15 horas da sexta-feira (2), ao fim da reunião do Conselho Universitário, que decidiu pela abertura de uma sindicância administrativa para apurar as denúncias de irregularidades na consulta para a eleição do reitor. Eles quebraram uma porta e uma janela. Para tentar acalmá-los, uma comissão de dez alunos foi formada para participar da reunião do Conselho. Ao serem encaminhados para a sala onde ocorreria a reunião, uma parte dos manifestantes, porém, conseguiu invadir o prédio, mesmo com seguranças e a Polícia Militar no local, totalizando cerca de 50 homens guardando todas as entradas. Na quarta-feira, eles também tentaram a invasão e foram contidos por homens da Polícia Federal.
Os estudantes reivindicam o cancelamento da reunião do Colégio Eleitoral marcada para esta terça-feira (06) para a realização de uma sindicância paritária - com presença igualitária entre professores, técnicos e estudantes - para apurar as denúncias de irregularidades no processo eleitoral para reitor, realizado em 23 de novembro; convocação do Colégio Eleitoral só depois de apuradas as denúncias contras as chapas e oficializada a decisão pela Comissão Eleitoral e nenhuma punição aos estudantes envolvidos na ocupação.
Ainda segundo a estudante de Direito, na primeira noite foi proibida a entrada de colchonetes e cobertores. Na segunda noite, após a intermediação de alguns professores, os universitários puderam receber os colchonetes e cobertores. "Estamos recebendo alimentação e água desde o início da ocupação", contou. Na Sala dos Conselhos há dois banheiros, um masculino e outro feminino.
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