As dezenas de estudantes que participaram de dois protestos na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, nesta quarta-feira, terminaram seus atos na Câmara dos Vereadores e no gabinete do pró-reitor administrativo da Universidade Federal do Paraná (UFPR). São estudantes secundaristas que reclamam o passe livre e moradores de cinco casas de estundante da capital que pedem mais atenção com as moradias estudantis.
Os estudantes secundaristas participaram de uma audiência pública convocada pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara. Com os parlamentares, os jovens debateram e avaliaram a legalidade e viabilidade dos projetos dos vereadores Beto Moraes (PL) e pastor Gilso de Freitas (PL) que tratam do assunto. Uma nova audiência deve ser realizada com a presença do prefeito Beto Richa.
No último fim de semana, o Movimento Passe Livre (MPL) protestou durante a 1.ª Jornada Jovem da Prefeitura de Curitiba, que contou com a presença do prefeito Beto Richa. Atualmente, 22 mil estudantes estão cadastrados e são atendidos com o passe livre.
Casas de estudante
Integrantes de cinco casas de estudante também se manifestaram nesta quarta. Eles pedem melhorias nos estabelecimentos destinados à moradia dos acadêmicos de baixa renda. Segundo a estudante de arquitetura da UFPR, a paulistana Fernanda Pereira de Souza, de 23 anos, a idéia inicial era entrar no prédio da FUNPAR, o que não aconteceu. "A UFPR gastou R$ 6 milhões com aquele prédio", reclama a estudante.
À tarde, um grupo de 20 estudantes se reuniu com o pró-reitor administrativo da UFPR, Hamilton Costa Júnior, no prédio da Reitoria. Porém, o encontro serviu apenas para a entrega de um manifesto. No documento consta, entre outras reivindicações, pedido para concluir a reforma da Casa do Estudante Universitário (CEU), auxílio para a dívida desta casa e que o Restaurante Universitário (RU) seja liberado a todos os moradores de casas de estudantes a preço acessível.
Costa Júnior agendou um novo encontro com os universitários para esta quinta-feira, dia 10, a partir das 14h. O pró-reitor alegou que é necessária a presença de outros pró-reitores da instituição para debater a questão.
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