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Pesquisa realizada pelo site de ensino de idiomas Babbel chegou a conclusões surpreendentes. “Nossos dados mostram que homens têm preferência por aprender alemão, português e russo, enquanto mulheres parecem escolher holandês, francês, italiano e espanhol”, afirma Thomas Holl, cofundador e presidente da empresa. O levantamento é baseado em dados fornecidos por um milhão de clientes do Babbel ao redor do mundo – a maior parte deles residentes na Europa e América do Norte.

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Enquanto algumas das diferenças podem parecer insignificantes, outras se destacaram. “Ficamos surpresos ao ver as diferenças entre alemão e holandês”, disse Holl.

“Apesar da estrutura semelhante e da raiz comum das duas línguas, mulheres tendem a preferir aprender holandês e homens têm maior probabilidade de escolher alemão”, explicou.

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Ulrich Ammon, professor da Universidade de Duisburg, na Alemanha, acredita que muitas das diferenças são fundadas em estereótipos. “O alemão sempre esteve associado mais intimamente com tecnologia, indústria e negócios, enquanto o francês, especialmente, mas também o italiano, são associados com moda e excelência culinária”, avaliou.

Ammon disse que percepções culturais das diferenças entre os gêneros ainda podem ter efeito sobre alguns homens e mulheres quando se trata de decidir quais línguas aprender.

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Entre as línguas mais neutras entre os gêneros, de acordo com o levantamento, estão dinamarquês, inglês, indonésio, norueguês e polonês.

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“No mundo, descobrimos que mais mulheres estudam línguas em comparação com os homens; já nos Estados Unidos os números são quase iguais para os dois grupos”, disse Holl. As conclusões do levantamento são similares às de um recente estudo da Education First, empresa internacional de educação, que mostrou que garotas têm um desempenho melhor do que garotos no aprendizado do inglês como segunda língua. A Education First acredita que a maior parte das diferenças pode ser explicada pelo fato de que garotas aprendem inglês mais cedo em suas vidas e de que em muitos países mulheres têm uma presença desproporcionalmente grande no ensino superior.

A Education First também concluiu que “mulheres usam uma gama maior de estratégias de aprendizado, o que as ajuda a memorizar vocabulário de maneira melhor, por exemplo”.

Os pesquisadores envolvidos com o estudo do Babbel, contudo, chegaram a uma análise um pouco diversa: “Nossos dados na verdade mostram que ambos homens e mulheres aprendem de maneira muito similar, levando em conta tempo e ritmo de aprendizado; de qualquer forma, mulheres realmente parecem ser um pouco mais disciplinadas em seus hábitos de estudo”, finalizou Holl.

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