O combate ao bullying nas escolas está restrito à atuação da coordenação pedagógica de cada estabelecimento. Em alguns estados se investe em cartilhas e formação de grupos de estudo, como é o caso de São Paulo, Brasília e Paraná. Mas, para o vice-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), José Augusto Pedra, ainda é pouco em relação ao crescimento da violência.
O Centro é pioneiro no tema e foi criado em 2006 com apoio do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe) de Brasília. Para Pedra, é necessário disseminar nas escolas uma educação para a paz, já que não há uma lei específica para punir os autores de bullying. "Além da influência da mídia e da falta de políticas públicas, temos games violentos e a ausência dos pais. Repousa sobre a família uma grande responsabilidade", diz.
O assessor jurídico do Sinepe no Paraná, Juliano Siqueira de Oliveira, concorda. "Os pais devem ter responsabilidade até porque eles podem responder civil e criminalmente pelos atos dos seus filhos", afirma. A assessora pedagógica do sindicato, Fátima Schueire Hollanda, lembra que a prevenção do bullying é prevista no planejamento pedagógico das aulas nos conteúdos de ética, cidadania e igualdade repassados de forma coletiva aos alunos. Em casos extremos, porém, o tratamento é individual e pode-se até acionar o Conselho Tutelar.
Capacitação
Na rede estadual do Paraná, o controle do bullying é feito por meio da capacitação dos professores. Em 2008 foram realizados minicursos, que devem ser repetidos neste ano, e agora o tema será incluído nos grupos de estudos destinados à formação de professores e funcionários. Em São Paulo começou a ser distribuída neste ano uma cartilha com orientação aos professores das 5,3 mil escolas da rede estadual.
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