A junção de turmas na rede estadual de ensino mobilizou a APP-Sindicato em todo estado. Na semana passada, protestos foram realizados em vários municípios. A Secretaria do Estado da Educação (Seed) diz que no início deste mês orientou os chefes dos Núcleos Regionais de Educação (NRE) a fazer um levantamento, em conjunto com os diretores das escolas, de turmas com número reduzido de estudantes. A intenção é averiguar os motivos pelos quais algumas salas estão com pouco alunos.
Segundo a Seed, o objetivo da iniciativa é identificar o números de turmas e professores nas escolas, otimizar o espaço dos colégios e ampliar o atendimento no contraturno. Após o levantamento, os chefes dos NREs teriam de enviar à Seed um relatório para que cada caso fosse analisado. A medida foi tomada com base na Resolução 864/2001 da Seed.
Apesar das justificativas, a APP está em alerta porque, em alguns casos, a redução de turmas pode resultar em superlotação de salas de aula. "Nós temos que discutir a qualidade do ensino, não o número de alunos por sala de aula", diz a professora Tânea Maria Costa de Jesus, da APP-Sindicato de Foz do Iguaçu. Na terça-feira, a cidade foi palco de um protesto feito por alunos e professores.
Parecer
Conforme Tânea, em Foz do Iguaçu o parecer inicial é para fechar 29 turmas. Mas a APP acompanha o processo porque não vai admitir a junção se houver prejuízo aos professores.
Luiz Carlos Paixão, diretor de imprensa da APP-Sindicato, diz que no último encontro entre a entidade e o governo, a Seed informou que o número de turmas fechadas em todo estado não passaria de 100. O sindicato concorda com a redução desde que haja justificativas, mas defende que o recomendável são turmas de no máximo 35 alunos para o ensino médio e 30 no fundamental. No dia 30 o Sindicato fará uma mobilização estadual em Defesa da Educação Pública e um dos temas em discussão será a junção de turmas.
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