Federal da Bahia também terá curso sobre o “golpe” contra Dilma

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A Universidade de Brasília (UnB) não é mais a única a ter uma matéria para estudar o “golpe” contra Dilma Rousseff: um professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) anunciou a criação de uma disciplina com conteúdo idêntico.

A matéria “Tópicos Especiais em História - O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” será coordenada pelo professor Carlos Zacarias – militante histórico do PSTU na Bahia. Mas, diferentemente do que ocorreu na UnB, haverá um professor diferente a cada aula. Ao todo, serão 23. 

A ementa da disciplina foi copiada do curso da UnB, e parte do pressuposto, não questionado, de que o impeachment de Dilma foi um golpe de Estado.

O curso, que é optativo mas conta créditos para a formatura, tem três objetivos. O primeiro é “Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”.

O segundo é “Analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.

O terceiro objetivo é “Perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil." 

A decisão da universidade baiana se dá em apoio à instituição de Brasília. O Ministério da Educação anunciou medidas legais contra a disciplina da UnB sob a justificativa de que ela configura uso partidário da estrutura pública.

Além da UnB e da UFBA, a UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também abordarão o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pelo mesmo viés. 

Na UFAM, a disciplina será ministrada pelo professor César Augusto Bubolz Queirós e também abordará o período governado por Getúlio Vargas e o golpe militar de 1964.

Já na Unicamp um grupo de professores promete preparar um curso livre sobre o mesmo tema.

Com matéria contra o “golpe”, UnB faz política â€“ mas não ciência  https://t.co/QOIqlPyyBD pic.twitter.com/2sFwxd1vd2

— Ideias (@ideias_gp) February 27, 2018