Tanto para quem está em dúvida sobre que carreira seguir como para os que já trabalham há anos, é inevitável a curiosidade sobre os salários de diferentes profissões e, quem sabe, do colega de trabalho. As médias brasileiras agora podem ser consultadas de uma forma fácil e interativa. A Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio) lançou em novembro um simulador de salários. Basta inserir dados como sexo, idade, raça, área de trabalho e formação acadêmica e pronto. Aparecem as (poucas ou muitas) cifras.
Decepção para alguns, boa notícia para outros. Quem mais comemora são os atuais e futuros médicos: os pós-graduados na carreira recebem uma média de R$ 8.966, enquanto os graduados ganham R$ 6.705. Em seguida estão os profissionais que fizeram pós em administração (R$ 8.012), direito (R$ 7.540), ciências econômicas e contábeis (R$ 7.085) e engenharia (R$ 6.938).
Esse é o ranking não controlado, que considera os brasileiros que têm a mesma formação sem levar em conta outras características. Além disso, inclui todos os trabalhos de um mesmo profissional, não apenas a ocupação principal. Por isso, essas médias são maiores do que os números apresentados no simulador. No total, o estudo apresenta 82 níveis de formações, com base nos dados do censo demográfico de 2000.
O engenheiro Rogério Salvador, de 25 anos, que já terminou um curso de especialização, achou uma forma de tirar proveito da pesquisa. Ele trabalha há dois anos numa empresa de telecomunicações e se prepara para pedir aumento salarial. "Vou usar o resultado como moeda de barganha. No teste, a média salarial é de R$ 3.128, mas estou ganhando menos. Meu chefe não vai ter como negar uma calibrada no meu contra-cheque", diz, com entusiasmo, o engenheiro.
Idade
Para chegar a um patamar salarial ainda mais alto, os profissionais em geral devem ser pacientes. Segundo o relatório da FGV, o pico de renda ocorre geralmente aos 51 anos de idade. Outro dado chama atenção para os mais novos. A pesquisa mostra que a maior probabilidade de estar trabalhando é aos 41 anos. As chances diminuem nos extremos. A taxa de ocupação de profissionais com 50 anos, por exemplo, é igual aos de 23 anos. O mesmo ocorre com pessoas de 62 e 18 anos.
"O jovem é a cara do desemprego. E as chances também diminuem para os mais velhos. Esses números são preocupantes. As pessoas perdem muito cedo a chance de estar ocupadas", diz o chefe do Centro de Políticas Sociais da fundação, Marcelo Neri, responsável pela pesquisa.
O relatório apresenta o ranking das dez carreiras com as taxas de ocupação mais altas no estado. Em primeiro lugar vem medicina, com 93,7% dos profissionais trabalhando. Em segundo e terceiro lugares estão letras e artes, e odontologia. A seguir aparecem ciências da computação, ciências econômicas e contábeis, agronomia, farmácia, engenharia, geologia e, na décima colocação, física (86,6%).
Os dados completos da pesquisa "O retorno da educação no mercado de trabalho" estão no site www.fgv.br/cps.
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