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Passaram-se cinco anos e a discussão sem sentido em torno da idade de corte continua. Deixaram para o último mês, antes de terminar o prazo legal para a implantação do ensino fundamental de nove anos, para tentar unificar uma data de corte para o ingresso dos alunos.

O Paraná vive uma exceção. Assim como o Mato Grosso e São Paulo, diverge da recomendação dada pelo Conselho Nacional de Educação, em matricular crianças no 1º ano do ensino fundamental, com 6 anos de idade completos até o início do ano letivo.

Além da divergência, os paranaenses ingressaram com ações judiciais, que resultou em uma legislação estadual. Desde o início do ano, é permitida a matrícula no 1.º ano de crianças com 5 anos de idade. Os conselheiros nacionais e estaduais querem discutir a unificação do corte, em reunião que deve ocorrer em 8 de dezembro, em Brasília. A ideia é apresentar uma proposta de emenda constitucional para conseguir a unificação. Projeto com esse teor já foi apresentado no ano passado no Senado, pelo senador Flávio Arns (PSDB-PR), que defende a legislação estadual do Paraná.

O tempo passou, as discussões ficaram em torno de um detalhe e grande parte dos municípios paranaenses ainda não têm recursos financeiros para garantir a oferta do novo ensino fundamental. Enquanto especialistas discutem se o cérebro infantil muda em um período de seis meses, poucos reservam tempo para lembrar que educação precisa de investimento.

Tatiana Duarte é repórter especialista em educação da editoria Vida & Cidadania, da Gazeta do Povo. Há cinco anos acompanha as mudanças para o ensino fundamental no Paraná

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