Canudo entregue aos alunos que concluíram a graduação na Poli-USP: “Formandes 2021”.| Foto: Arquivo Pessoal
Ouça este conteúdo

Os alunos da comissão de formatura da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) decidiram utilizar, em sua colação de grau festiva, um canudo com a inscrição "Formandes 2021". O evento, ocorreu nesta quinta-feira (27), no Espaço das Américas, em São Paulo, e contou com a presença do diretor da Poli-USP, Reinaldo Giudici, e professores da graduação.

CARREGANDO :)

>> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram

Desde 2015, os alunos de graduação da Poli-USP participam de uma Semana da Diversidade da Escola Politécnica (SEDEP), organizada pelo PoliPride, o Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero da Poli-USP. Além disso, o grupo organiza palestras com grupos LGBT e deu início, recentemente, ao projeto "Banheiro para Todes", que tenta normalizar o uso dos banheiros da Poli de acordo com a orientação sexual do estudante. Esta última iniciativa tem sido criticada por organizações de proteção às mulheres, como a Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres, que lembram que não são raros os casos de homens que se aproveitam dessa abertura para fingir outra orientação sexual e cometer abusos (o que seria um fator de risco para as estudantes mulheres).

Publicidade

A linguagem neutra (chamada também de linguagem não binária) faz parte das demandas do ativismo LGBT que quer a "neutralização da língua" com a abolição dos gêneros feminino e masculino no idioma. Para isso, propõem a criação de novas palavras, como “todes”, “menine”, “elu” e “elx”. A medida, que teria como objetivo incluir pessoas que se autodeclaram não binárias, ou seja, que não se reconhecem nem como mulher nem como homem, é alvo de críticas por parte de linguistas e acadêmicos.