O trabalho clínico, oferecido pelas empresas de psicopedagogia, só existe porque a escola está defasada em relação aos tipos de aprendizagem de cada criança. A opinião é da doutora em Educação e coordenadora do curso de especialização em Psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Evelise Portilho. "A escola está presa a uma estratégia única de ensino. Na maioria das vezes o indivíduo não aprende porque a sua maneira é diferente do professor. Isso reflete num círculo vicioso, para um trabalho extra que poderia estar sendo feito pela própria escola", diz.
Evelise é autora do livro Como se aprende?, da Wak Editora, lançado neste ano. A obra aborda que as pessoas aprendem de maneiras diferentes e defende que o professor, em sala de aula, deve estar atento às especificidades de cada um de seus alunos. "Quando encontramos dificuldades específicas do sujeito, ele precisa de atendimento especial e na maioria das vezes são questões relacionadas ao próprio ensino, uma dificuldade sofrida pelo aluno. Antes de ser uma dificuldade de aprendizagem é um fracasso escolar", diz Evelise. (TD)