O presidente Jair Bolsonaro afirmou pelo Twitter, na noite desta quarta-feira (27), que é falsa a notícia de que havia decidido exonerar o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. A informação tinha sido divulgada pela jornalista Eliane Cantanhêde na Globonews e em seu Twitter.
A Casa Civil também negou que o ministro Vélez Rodríguez tenha sido demitido, segundo o portal de notícias UOL, que também informou que um funcionário ligado ao ministro e um assessor próximo da presidência, não identificados pelo portal, confirmaram que a informação é "fake news" (notícia falsa).
O ministro Vélez Rodríguez também se manifestou pelo Twitter, na noite desta quarta-feira, e fez uma crítica ao jornalismo brasileiro.
O Ministério da Educação (MEC) vive uma crise que envolve demissões, disputas entre grupos e recuos de ações.
Na manhã desta quarta-feira, o ministro Vélez Rodríguez foi convidado a dar esclarecimentos na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Sabatinado das 10h às 15h, o colombiano foi, sobretudo, pressionado por deputados que cobraram ações e metas mais consistentes. E, embora muitos parlamentares tenham criticado sua administração e pedido por sua saída, ele afirmou que não irá renunciar: "Só me demito se o presidente da República pedir, se ele achar que minha colaboração não está sendo adequada". Vélez também respondeu a perguntas sobre as demissões no MEC, influência de Olavo de Carvalho e Lava Jato da Educação.
Sem unanimidade
Em menos de três meses de governo, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez exonerou dezenas de pessoas em postos-chave no Ministério da Educação (MEC), voltou atrás em várias decisões e tomou uma série de medidas desastrosas.
Classificada como insossa ou fraca por alguns e desastrosa por outros, a administração de Vélez à frente do MEC consegue desagradar militares, bolsonaristas de todas as tribos, seus próprios ex-alunos, sem contar, é claro, a oposição.
Confira cinco trapalhadas do MEC em menos de três meses de governo.