O Ministério da Educação (MEC) deu 15 minutos de tolerância e permitiu o acesso aos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até as 13h15m (horário de Brasília). A medida teve como objetivo permitir que alunos atrasados não deixassem de fazer o teste. O motivo da tolerância é que a greve dos Correios prejudicou o envio das cartas em que o ministério informava aos estudantes os locais de prova e seu endereço. Mesmo assim, muita gente chegou após as 13h15m e foi barrada.
O MEC constatou também que houve falha dos Correios e de dirigentes de escolas no envio de fichas de inscrições. Assim, pelo menos cerca de 2 mil estudantes que se inscreveram não constavam na lista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e teoricamente não teriam onde fazer a prova. O presidente do Inep, Eliezer Pacheco, disse que o problema foi contornado a tempo de não prejudicar ninguém.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, visitou a escola pública Elefante Branco, em Brasília, onde havia mil inscritos. Sua chegada estava marcada para o meio-dia, mas ele se atrasou alguns minutos. Na escola, rompeu o lacre onde estavam guardados os testes, entrou em algumas salas de aula, distribuiu provas e desejou boa sorte aos estudantes. Na saída, ouviu o apelo de alguns retardatários, mas respondeu que não tinha como interferir, pois já passava das 13h15m.
- O Correio não enviou a carta e não tenho internet - reclamou o auxiliar de assuntos gerais Edmê José Ribeiro, de 23 anos, dizendo que teve dificuldade em identificar o local de prova e por isso chegou atrasado.
Outra retardatária que abordou o ministro foi Eliana de Souza, de 20 anos. Moradora de Planaltina (GO), cidade localizada na periferia do Distrito Federal, ela disse ter saído de casa às 11h, mas chegou após as 13h15m.
As respostas das 63 questões da prova objetiva serão divulgadas às 19h, na página do Inep na internet . O resultado final, incluindo a nota da redação, será divulgado individualmente para cada inscrito a partir de 16 de novembro. O Inep informou que o balanço com o número de inscritos que compareceram aos locais de prova será divulgado na próxima terça ou quarta-feira.
De acordo com Eliezer, houve pelo menos um caso de negligência da diretora de uma escola em Manaus. Segundo ele, que não informou o nome da diretora, ela foi transferida pela Secretaria de Educação e se esqueceu de enviar as fichas de inscrição de 500 estudantes. O problema foi solucionado no momento em que os alunos procuraram o Inep para saber o local em que deveriam fazer a prova.
A falha foi descoberta porque seus nomes não constavam na lista de inscritos do Inep. O mesmo ocorreu com pessoas que se inscreveram pelos Correios e tinham o comprovante de envio da ficha por carta. Com isso, o Inep estima em mais de 3 milhões o número de inscritos. Antes, o número contabilizado era de 2.998.083 inscrições.
Haddad disse que o maior interesse dos estudantes em fazer o Enem está ligado ao fato de que o teste seleciona quem será contemplado com bolsas de estudo em universidades particulares, no programa Universidade para Todos (ProUni).
- Nem sempre quem tem talento tem renda para arcar com mensalidades escolares. Através do Enem, se poderá atingir o sonho de fazer o curso superior no Brasil - disse Haddad.
Além do ProUni, o Enem conta pontos nos vestibulares de 470 instituições públicas e privadas de ensino superior.
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