A greve dos docentes nas universidades federais atinge hoje 37 instituições – a UFPR não está entre elas, já que os professores da instituição decidiram voltar ao trabalho na semana passada. O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo, disse que a categoria aceita a proposta feita a todos os servidores federais de reajuste de 5,5% em 2016 e 5% em 2017, desde que o governo aplique correções específicas aos diferentes níveis de remuneração dos docentes.
A medida seria necessária para equilibrar a malha salarial, que hoje está achatada, defende Rizzo. Segundo ele, em média, professores com carga horária de 40 horas ganham 45% a mais que os que lecionam 20 horas, enquanto deveriam receber o dobro, numa correlação com a jornada. Já os docentes de dedicação exclusiva, que representam 90% no país, têm vencimentos de cerca de 48% a mais que os de 40 horas. A entidade defende que esse porcentual suba para 55%. Outra exigência é de que o Ministério do Planejamento autorize a realização de concurso para preencher 4.090 vagas de docentes nas universidades.