A delegação da Universidade de Brasília no próximo Congresso da UNE será muito diferente das dos últimos anos. Pela primeira vez, as chapas de esquerda foram superadas por um grupo com alinhamento ideológico diferente.
Com 968 votos, 142 à frente da segunda colocada, a Libertas derrotou outras chapas ligadas a partidos como PCdoB, PT, PSOL e PSTU. O resultado foi anunciado no último sábado. Com orientação política de direita, o grupo defende a economia de mercado e, dentre outras propostas, apoia parcerias entre universidades públicas e setor privado. O manifesto do grupo também promete “todo apoio à Operação Lava Jato”.
A vitória veio graças à votação expressiva na Faculdade de Tecnologia, que reúne os cursos de engenharia. Lá, a Libertas obteve 191 votos contra 17 da segunda colocada.
Como a eleição é proporcional, a esquerda ainda terá a maioria da delegação, mas a Libertas terá o maior número entre as chapas que concorreram: 17 dos 46 delegados.
Embora a delegação da UnB seja pouco representativa no total de participantes do Congresso da UNE, a presença de um grupo não alinhado com a esquerda oriundo de uma universidade federal é uma raridade.
O Congresso da UNE, que vai eleger a nova diretoria da entidade, deve reunir cerca de 10 mil estudantes na Universidade Federal de Minas Gerais, entre 14 e 18 de julho.
DCE nas mãos da esquerda
No Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB, a situação é oposta. Em 2017, pela primeira vez desde 2010, uma chapa de esquerda venceu as eleições para o DCE da Universidade de Brasília. A Aliança pela Liberdade, que reúne alunos de centro e de direita, foi derrotada em abril depois de seis anos seguidos no comando da entidade. Os grupos de esquerda, que costumavam se dividir em quatro ou cinco chapas, se uniram para obter o resultado.
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