
Diversão e aprendizado garantidos
Daniel, Vicente e Davi de 3, 5 e 6 anos, respectivamente já sabem que o iPad e o computador da mãe revelam interessantes informações. Mestre em Educação, a professora de Arte Ana Cristina Cury acessa com frequência sites como o do Museu Americano de História Natural, no qual os filhos saciam várias curiosidades. A primeira experiência de Ana com as crianças ocorreu quando tentava explicar o que eram tsunamis. Depois disso, vieram conhecimentos sobre borboletas (quando o mais velho visitou um borboletário), o nado dos golfinhos (após assistirem ao filme Winter, o Golfinho) e a dentição dos mamíferos (quando os primeiros dentinhos dos meninos ameaçavam cair). Ana sugere outros sites interessantes para crianças e adultos. "O Museu Virtual de Ouro Preto tem muito a melhorar, mas a navegação pelo interior das igrejas barrocas do Brasil é extasiante e ainda melhor se manipulada em um tablet! Outro para ser navegado em tablet e se maravilhar é o site da Capela Sistina. Também tem o British Museum e o Museu do Louvre, que são visitas imperdíveis!"
Avaliação
Navegando entre quadros, esculturas e outras peças que compõem um museu virtual, o visitante se depara com experiências boas e outras nem tanto:
Positivas
Eles diminuem a distância entre o aluno e a informação. A arte fica mais próxima de quem está em outra localidade ou tem problemas de mobilidade.
Apesar de requererem alguma familiaridade com a navegação pela internet, os museus virtuais podem ser acessados por pessoas de todas as idades.
Vários museus provocam a interação com os visitantes, o que pode tornar o passeio mais atrativo e dinâmico.
Como são fontes de informação confiáveis, esses sites podem ser referência para pesquisas escolares e acadêmicas.
Os sites trazem informações que podem ilustrar aulas de diversas disciplinas, enriquecendo a aula e despertando o interesse dos alunos em relação aos museus de forma geral.
Muitas obras são mostradas em seu próprio ambiente de exposição, com pessoas as observando. Isso pode ser convidativo para quem acessa o site, despertando o interesse de conhecer o espaço.
Negativas
Há sites que prometem tours virtuais, mas não passam de páginas informativas, sem recursos atrativos.
A construção de algumas páginas é mais complexa, o que pode tornar difícil a navegabilidade para quem não tem domínio da internet.
Falta interatividade e convite para que os museus também sejam visitados pessoalmente.
As visitas são restritas quando não há a disponibilidade de alguns idiomas.
Há museus cujo assunto é voltado para as crianças, mas não há a preocupação em tornar a forma e o conteúdo acessíveis a elas.
Alguns sites exigem a instalação de softwares e requerem um computador com boas configurações de memória e acesso à internet.
Fonte: Redação, com entrevistados.
O contato com obras de arte e com exposições de artefatos que marcaram a história faz parte da formação de qualquer estudante. Incluídos na programação das escolas, os passeios a museus e galerias de arte conquistaram um aliado o tour virtual. Ricas culturalmente, as visitas on-line são uma opção para dias de chuva e para evitar longas distâncias. Além disso, os acessos complementam o conteúdo passado em sala de aula e podem ser úteis até para as lições de casa.
Museus de todo o mundo têm investido na exposição on-line de seu acervo, promovendo a interatividade com os visitantes virtuais. Esse tipo de tour mostra-se uma grande oportunidade para conhecer, sem sair de casa ou da escola, a cultura de diversos povos e a história de milhões de anos.
Segundo Neusa Cassanelli, coordenadora de Educação do Museu Paranaense, mesmo o site de um museu localizado na cidade onde o visitante virtual mora pode ser interessante. "Os sites podem ou complementar conteúdos vistos em museus ou fazer uma introdução antes da visita real. O tour ajuda a ampliar esses conhecimentos", afirma.
Encurtando distâncias
A acessibilidade a obras expostas em terras distantes é a maior vantagem dos museus virtuais, pois facilita a compreensão de outras culturas. "Essa visita virtual deve ser uma ferramenta, especialmente no que diz respeito à prática docente. As aulas sobre a Mesopotâmia, por exemplo, às vezes ficam demasiadamente abstratas. Nesse caso, o Museu Virtual do Iraque pode ser uma ferramenta bastante relevante", diz o historiador Hilton Costa, doutorando em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Diogo Vieira da Costa, também historiador, concorda que estudantes saem ganhando com o uso dos tours virtuais. "Eles [tours] podem ser referência para pesquisas, pois as fontes são 100% confiáveis", considera. No entanto, dependendo da idade da criança até 10 anos , é importante a presença de um adulto acompanhando a visita.
Para Marcelo Henrique Novak, coordenador das Aulas de Campo da Escola Anjo da Guarda, é preciso garantir que os sites acessados sejam mesmo dos museus. "As visitas virtuais são válidas desde que os sites visitados sejam confiáveis, para que não haja desinteresse. [O domínio da] língua também é um problema para o acesso à informação de grande parte dos alunos", diz.
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Que atividades você aconselha a fazer com crianças em museus virtuais?
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