Os resultados que levaram Foz do Iguaçu ao mais alto posto entre os municípios com maior média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas séries iniciais estão sendo investigados por suspeita de fraude por uma Comissão Especial da Câmara Municipal. De 2007 a 2009, a média do município subiu 25% e atingiu a média 7 em 2011.
A investigação foi proposta pelo vereador Dilto Vitorassi (PV), que afirma ter recebido denúncias de professoras e funcionários a respeito da aplicação da Prova Brasil em algumas escolas do município. "Não me parece que isso alcance os professores, mas sim que seja uma orquestração do poder público para obter resultados falsificados. Temos que chegar a esse resultado através de depoimentos", disse Vitorassi.
As denúncias, de acordo com o vereador, referem-se à metodologia e questionam a aplicação das provas num mesmo dia e horários (simultaneidade), falta de alunos em algumas turmas e até mesmo o que classificou de "perseguição" a alguns professores para a não reprovação de alunos.
Reação
A instauração da investigação provocou reação dos professores da rede pública municipal, que lotaram a Câmara na última semana para fazer a entrega de uma carta de repúdio à abertura do processo e a entrega de um abaixo-assinado com mais de 650 assinaturas de professores.
Na manhã de ontem, três das cinco testemunhas que iriam depor estiveram na câmara. Mais de 40 professores lotaram os corredores, mas foram impedidos de acompanhar a sessão. Os principais esclarecimentos no primeiro dia de depoimentos foram a respeito do funcionamento do teste, pessoal designado, horários de aplicação e dias diferenciados da aplicação da prova.
O ex-prefeito de Foz do Iguaçu Paulo Mac Donald Ghisi não quis comentar o assunto. O MEC/Inep, responsável pelo preparo das provas, em nota, confirmou que "ao receber algum tipo de denúncia, imediatamente inicia apuração. Eventual punição cabe aos órgãos de controle". Nenhuma notificação oficial foi encaminhada ao órgão.
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