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 | Divulgação/Quiron/Eduardo Macarios
| Foto: Divulgação/Quiron/Eduardo Macarios

As faculdades estão aí para formar pesquisadores e profissionais com vontade e capacidade de mudar o mundo – mas quem disse que é preciso ter o diploma em mãos para colocar um projeto em prática? Mesmo ainda absorvendo os conceitos das carreiras que desejam seguir, muitos estudantes universitários mostram que conhecimento e iniciativa, quando aliados, podem resultar em boas ideias. E nem é preciso esperar o final do curso para implementá-las.

Projetos inovadores podem vir de áreas tão variadas quanto Engenharia e Turismo. Todos têm em comum o desejo de aplicar novos conceitos no dia a dia das pessoas, aproveitando as lições aprendidas em sala de aula. Para chegar lá, há diversos caminhos: laboratórios da faculdade, oportunidades de iniciação científica, programas de professores, premiações de empresas. O desafio está em ter uma ideia e desenvolvê-la.

Enquanto alguns chegam à graduação com um projeto pronto e decidem aprender mais sobre o assunto para aprimorá-lo, outros propõem ideias com a aproximação da necessidade de desenvolver um projeto de conclusão de curso.

Os projetos surgem com uma mistura de inspiração do aluno e suporte da universidade, com apoio de professores e da infraestrutura da universidade. O objetivo é chegar a um produto tangível, de aplicação prática – capaz de mudar o mundo, quem sabe.

Conheça quatro exemplos de jovens que seguiram por esse caminho:

Escola de empreendedores

Formado em relações Públicas na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Daniel Dipp (à dir. na foto) acredita no poder da comunicação para transformar o mundo ao seu redor. Ainda na faculdade, sentiu que estudar não era o suficiente: era preciso pôr o plano em prática. Pediu ajuda ao amigo Fernando Granato (à esq.), um engenheiro eletricista. Em 2012 a dupla fundou a escola Quíron, de empreendedorismo e inovação. Formar um jovem protagonista, empenhado na transformação social é o objetivo. Para isso, Dipp e Granato montaram um curso para ser aplicado em sala de aula a partir dos pilares autoconhecimento, inovação social e empreendedorismo. "Eles pensam em ideias e soluções, aí são desafiados a tirá-las do papel", conta Dipp. O plano agora é expandir as ações e fincar bandeira em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e Joinville, em Santa Catarina.

Água para todos

A necessidade de desenvolver um projeto final para a graduação em Desenho Industrial veio ao encontro de um desejo antigo de Bruno Pergher, 22 anos: implementar um projeto útil a todos na cidade onde mora, Santa Maria (RS). Então surgiu a ideia de criar um bebedouro público com diferentes funções, e o principal: que fosse acessível a toda a população.

O bebedouro foi concebido de forma que permite qualquer usuário, inclusive pessoas com deficiência, a usar o sistema adequadamente.

Paladares exigentes

A partir de uma demanda pessoal, a nutricionista Adriane Rodriguez criou um suplemento para esportistas que logo pode chegar ao mercado. Com um colega que também é atleta amador, ela buscou uma solução para quem tem dificuldade de consumir alguns produtos por não gostar de sabores artificiais. Adriane aproveitou os professores e os laboratórios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para desenvolver a ideia. No fim de novembro, uma empresa expressou o desejo de comprar a patente do projeto.

A Favor do ambiente

A ideia surgiu na faculdade de Engenharia Ambiental: fazer blocos de vedação com o uso de areia de fundição para tornar a obra de prédios mais sustentável. Carolina Stetner propôs o conceito junto a um colega da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), em São Paulo. Eles descobriram que a alternativa pode diminuir em 30% os impactos de uma obra.

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