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Rio de Janeiro

Justiça libera evento “MoroMente” e a favor de “Lula Livre” na UFF

Durante a campanha eleitoral de 2018, professores e alunos da UFF organizaram eventos para classificar Jair Bolsonaro de "fascista". (Foto: Reprodução / Facebook)

A Justiça Federal de Niterói concedeu liminar favorável à realização do evento "MoroMente", nesta segunda-feira (23), na Universidade Federal Fluminense (UFF). O ato tinha sido vetado pelo reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a pedido do Ministério da Educação (MEC).

Para decidir a favor do evento, em ação impetrada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABHD) - entidade que defende a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, o juiz José Carlos da Silva Garcia, da 3ª Vara Federal de Niterói, utilizou os mesmos argumentos utilizados pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal federal (STF) para permitir campanha favorável ao candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad, dentro das universidades públicas no ano passado.

Para o magistrado, proibir o evento é "ilegalidade, abuso de poder e desvio de finalidade".

"Juiz Pinóquio" e "Lula inocente"

Em evento similar realizado na semana passada na UnB, uma "versão Pinóquio" do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, estampava vários banners.

Mesmo persistindo muitas dúvidas sobre a repercussão das conversas vazadas pelo Intercept Brasil (o ministro dos STF, Luís Roberto Barroso disse que a única certeza que se tem sobre os vazamentos é que a corrupção na Petrobras existiu), a ABJD quer convencer a sociedade que o atual ministro Sergio Moro colocou a sociedade brasileira em um "período de trevas".

Na UnB, Cézar Britto, ex-presidente da OAB e fundador da ABJD, disse aos participantes não tolerar o "holofote de Moro" e defende que "Lula é preso político". Já para o desembargador Grijalbo Fernandes Coutinho, também da ABJD, o evento é uma reação ao "neofascismo instalado no país".

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