• Carregando...
 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, ofereceu aos estudantes a possibilidade de apresentar um projeto de lei que impeça parte da reforma do ensino médio de vigorar no Paraná. Atualmente, mais de 800 escolas públicas do estado estão ocupadas por estudantes revoltados com a proposta de reforma enviada pelo governo Michel Temer (PMDB) ao Congresso Nacional.

A proposta foi feita em um debate promovido pela Gazeta do Povo na manhã desta segunda-feira. Romanelli conversou durante uma hora com o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Matheus dos Santos, com mediação de jornalistas. O debate ocorreu antes de morte de um adolescente em uma escola ocupada de Curitiba.

Segundo Romanelli, embora a legislação proposta seja federal, seria possível barrar pelo menos alguns pontos da reforma.O deputado sugeriu, por exemplo, que o governo do Paraná poderia garantir por lei a obrigatoriedade de disciplinas que a gestão Temer pretende tornar facultativas, como filosofia, sociologia, educação física e artes. Romanelli criticou a reforma e manteve o discurso que vem sendo adotado por Richa, de que nenhuma medida será tomada no estado sem ampla conversa com a comunidade escolar.

Representante das ocupações, Santos mostrou certo ceticismo em relação à proposta, mas não fechou as portas. Nesta quarta-feira, os estudantes fazem uma assembleia em Curitiba para decidir se vão continuar com as ocupações e conversar sobre a pauta do movimento. Além de reclamar de pontos específicos da reforma, os alunos criticam o envio da proposta ao Congresso por meio de Medida Provisória, o que impede uma negociação mais ampla.

No debate, Matheus dos Santos disse que a reforma é vista como negativa pelos alunos e, embora o movimento tenha visto com bons olhos a alo de Richa, de ir a Brasília tentar negociar com o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), a UPES acredita que isso não resolve a questão, e que só a retirada da MP resolveria o impasse em definitivo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]