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...de Elisa Dalla Bona, pedagoga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Paraná, especialista em literatura infantil.

Abrindo Caminhos de Ana Maria Machado

Por meio da brincadeira o livro cruza as histórias de Tom Jobim, Dante Alighieri, Carlos Drummond de Andrade, Santos Dumont e Cristóvão Colombo. "Provoca uma leitura interativa com os pais, que podem pesquisar sobre os autores e usar a história para ensinar os filhos." Editora Ática, R$ 25.

Flicts de Ziraldo

O autor conta a história de uma cor que procura por seu lugar no mundo, tentando se encaixar em vários lugares, até no arco-íris. Quando desiste, vai embora da Terra e encontra seu lugar na Lua. "O Ziraldo é incrível, ele brinca com as cores o livro todo, sem usar desenhos." Ed. Melhoramentos, R$ 24.

A verdadeira história dos três porquinhos de Jon Scieszcka

Outra versão do clássico sobre um lobo que, em uma crise de espirros, derruba a casa do porco vizinho e é incriminado por um repórter sensacionalista. "Divertidíssimo, em todos os lugares que conto, para crianças de 4 a 10 anos, elas adoram." Ed. Cia das Letrinhas, R$28,50.

Os especialistas são unânimes: o prazer de ler deve ser ensinado para crianças e adolescentes pelo exemplo. Pais que lêem incentivam o hábito em casa e criam futuros leitores. O problema é que a leitura não é bem o forte do brasileiro.

De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Instituto Pró-Livro e divulgada no começo do ano, o Brasil tem 57 milhões de leitores consumindo, em média, apenas 4,7 livros por ano. Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados preferem ver televisão a ler um livro.

Para a pedagoga especialista em incentivo à leitura, Elisa Dalla Bona, as estatísticas podem ser mudadas com uma postura dos pais em casa. "Somos um país de não-leitores porque não foram crianças leitoras", afirma, denunciando o que a pedagoga chama de ciclo vicioso. Elisa comenta que o ato de presentar uma criança com um livro é um gesto simbólico. "Existe uma mensagem muito positiva por trás disso. Ao invés de dar um revólver de brinquedo, eu dou um livro. É uma atitude fundamental na formação do leitor", explica.

Para Elisa, no setor de literatura infantil a produção brasileira é rica, com bons livros. No entanto, critica o excesso de livros didáticos que se fazem passar por literatura infantil. "Usamos uma história como pretexto para ensinar a criança sobre coisas chatas de adultos que elas aprendem na escola. O livro deve transportá-la para outros mundos, estimular a imaginação, interagir com os personagens. Isso instiga a criança a procurar outras leituras", opina.

Na literatura juvenil, o especialista e escritor Paulo Venturelli, com 17 obras publicadas, também faz a crítica: "Normalmente os livros infanto-juvenis são diluídos, sem propostas, sem enredo e sem linguagem literária. São muito mais produtos da indústria cultural do que obras de arte, literatura", comenta.

Venturelli explica que o modo como as leituras são aplicadas aos adolescentes na escola, pela obrigação, também não é estimulante. Ele aconselha os pais a conhecerem os livros antes de indicarem ou presentearem os filhos. "Normalmente, grande parte do que está exposto nas livrarias é produto da indústria cultural. Os pais devem buscar informação sobre a obra e os autores, além de acompanhar o que está sendo editado, os lançamentos e as críticas."

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...de Paulo Venturelli, escritor há mais de 30 anos, 17 obras publicadas, doutor em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo.

Pedro de Bartolomeu Campos Queiroz

A história de um menino que quer pintar borboletas, mas elas sempre fogem. Finalmente ele descobre um jeito de eternizá-las na arte. "Excelente autor, trabalha com uma linguagem poética, não se preocupa em somente contar uma história." Editora Miguilim, R$ 20.

O Menino que vendia palavras de Inácio Loyola Brandão

"É a história de uma pessoa com suas angústias existenciais e que acaba afogando-as por meio das palavras". O livro ganhou o prêmio Jabuti 2008 como melhor livro de ficção do ano. Editora Objetiva, R$ 25.

Corda Bamba de Lígia Bonjunga

A narrativa de uma menina chamada Maria, que perde os pais, equilibristas, em um acidente de trabalho no circo. Maria descobre um prédio com portas coloridas onde cada sala é um momento da vida de seus pais e de sua avó, com quem passa a viver. "É a melhor escritora de livros dessa área." Editora Casa Lygia Bonjunga, R$ 22.

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