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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou nesta terça-feira a liberação de R$ 500 milhões para a concessão de aumento salarial dos professores das universidades federais, em greve há quase dois meses. A medida foi anunciada pelo Ministério da Educação, após reunião do presidente com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e interino da Educação, Jairo Jorge.

A proposta de Lula prevê reajustes salariais a partir de janeiro do ano que vem. Mas o índice de aumento dos professores ainda não está definido. Segundo Jairo Jorge, os professores deverão retornar ao trabalho nos próximos dias. "Acredito que, com esta proposta, a greve deve ser equacionada antes do Dia dos Professores, comemorado no dia 15".

Já o diretor Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Gilberto Pereira, informou que o comando de greve ainda não decidiu os rumos da paralisação após esse anúncio, mas assegurou que "a greve não acaba imediatamente – a base ainda vai discutir este novo quadro".

Segundo Pereira, os docentes participaram de uma audiência na terça com o subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Educação, Sílvio Petros, "que informou que não havia mais recursos para a categoria além dos R$ 395 milhões já oferecidos". Ele ressaltou que essa é a "vitória da greve, no sentido de que não haveria mais recursos".

O último balanço divulgado pela Andes indica que a greve dos professores interrompeu as atividades – de forma integral ou parcial – de 31 das 61 instituições federais de ensino superior.

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