Dados do 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, publicado em 31 de outubro, mediram pela primeira vez o índice de violência das escolas públicas brasileiras e revelaram um elevado número de casos de agressões físicas e verbais de alunos contra professores e funcionários.
Ao todo, 50,2% dos entrevistados responderam ter sofrido algum ato desse tipo durante o exercício do trabalho.
A unidade da federação mais violenta nesse quesito é o Distrito Federal, com 57,2% dos entrevistados afirmando que já foram agredidos. O Amazonas, com 34%, foi o que registrou o menor índice.
Os números são ainda maiores maior quando analisados os casos de agressão verbal ou física sofridas de alunos contra alunos. Esse item chega ao alarmante 70%. Sergipe foi o estado que registrou o maior percentual: 75,5%. Apesar de Amazonas ter sido o menos violenta para os estudantes, o indicador ainda ficou em 60,3%.
Quanto ao consumo de bebida alcoólica e drogas por alunos, o 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública revelou que os estudantes vão à escola com mais frequência sob efeito de entorpecentes, com 13%, enquanto de álcool alcança 6,2%. Distrito Federal (20,8%) e Tocantins (10,5%) lideram esses itens, respectivamente.
No caso do Distrito Federal, os alunos também aparecem no topo em relação a flagrantes de armas brancas, com 10,9%. A média nacional foi de 6,5%. O registro de estudantes com armas de fogo com maior incidência ocorreu em Roraima, com 2,5% quase o dobro da média nacional de 1,3%.
Vitimização
O estudo também analisou casos que resultaram em risco de morte aos professores e diretores dos colégios. O percentual dos que disseram ter sofrido atentado à vida ficou 1,6%. O Amapá é o estado mais perigoso para esses profissionais. Lá, 3,1% dos entrevistados disseram ter sido vítimas desse tipo de agressão. Sobre casos de ameaças partindo de alunos, Sergipe aparece no topo, com 12%, contra uma média brasileira de 8,8%.
O estado de Roraima é o primeiro no quesito furtos e roubos (quando há subtração de utensílios por meio de violência) contra professores e diretores, com 9,3% e 2,5%, respectivamente. Os itens ficaram acima da média nacional para ambos os casos. No Brasil, furtos atingiram 5,7% para furtos e 1,3% para roubos.
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