A guerra cultural está batendo à sua porta, goste ou não.
Não é segredo que a história americana está sob ataque. O espírito do historiador esquerdista Howard Zinn invadiu as salas de aula em todo o país, como explico em meu livro "The War on History: The Conspiracy to Rewrite America’s Past" (Em tradução livre "A Guerra na História: A Conspiração para Reescrever o Passado da América").
Mas antes que você pense que pode escapar dos dogmas da justiça social que afeta as artes liberais, uma história de Seattle mostra como os guerreiros da justiça social não deixam pedra sobre pedra em seus esforços para transformar profundamente a América.
As escolas públicas de Seattle propuseram recentemente a inclusão de estudos étnicos nos currículos de matemática do ensino fundamental e médio.
É isso mesmo: passamos da "nova matemática" para a "matemática consciente" (tradução livre para "woke math").
A estrutura desse novo currículo expõe o quão absurdo será esse tipo de matemática.
Entre outras coisas, afirma que a matemática "ocidental" entendida como "a única expressão legítima de identidade e inteligência matemática", o que quer que isso signifique, foi usada para "privar as pessoas e comunidades de cor".
Robby Soave, da Reason, apontou o quão vazias e ocas são as diretrizes:
O currículo é cheio de jargões de justiça social que parece inteligente, mas é realmente sem fundamento. O que significa decodificar a "beleza" matemática ou "identificar como o desenvolvimento da matemática foi apagado da aprendizagem na escola?" (Foi apagado? Isso parece ser um problema para a aula de história).
As linhas gerais do documento dizem que a mudança "'re-humanizará' a matemática por meio do aprendizado experimental" e facilitará o aprendizado "de forma independente e interdependente". Essa é uma maneira elegante de não dizer quase nada.
É claro que, embora esse tipo de currículo deixe os alunos com pouco conhecimento ou compreensão real de como fazer matemática, certamente serve a um propósito: radicalizar os jovens com histórias de opressão e prepará-los para serem os futuros guerreiros da justiça social.
Entre as muitas outras lições que as diretrizes sugerem estão "explicar como a matemática determina a opressão econômica", "identificar movimentos econômicos que levaram à libertação" e fazer a pergunta: "Como podemos mudar a matemática do pensamento individualista para o coletivista?"
Notou um padrão?
A mensagem é que o empoderamento não vem do cultivo de conhecimentos e habilidades úteis, mas por meio de protestos sociais e da comunidade organizada.
A matemática consciente é simplesmente a expressão mais recente e talvez mais tola de uma agenda maior para colocar jovens americanos contra seu país e concidadãos, enchê-los de queixas e convencê-los de que a chave para um futuro perfeito é o socialismo.
É claro que será um desafio construir uma utopia socialista verde para o transporte ferroviário de alta velocidade sem habilidades básicas de matemática ou engenharia, mas esses são meros detalhes.
Independentemente dos problemas com a matemática consciente, a situação em Seattle mostra por que políticas como a escolha da escola são tão importantes. Os pais precisam de recursos para pressionar as escolas públicas locais se estiverem cometendo erros, ou pior, tentando doutrinar seus filhos com ideias que eles não concordam.
Inegavelmente, muitas das instituições americanas – começando pelo ensino superior e passando pelos ensinos fundamental e médio – estão sendo usadas para dividir os americanos e resumir todas as questões da vida a disputas sobre a identidade étnica em vez de ver o que são: meras diferenças de opinião em um mundo complexo.
É um sinal de nossos tempos que até a matemática está sendo absorvida no momento cultural mais amplo, mas também é um aviso: não há escapatória, mesmo por trás das duras realidades dos números e da ciência.
* Jarrett Stepman é colaborador do The Daily Signal e autor do livro que será lançado em breve, "The War on History: The Conspiracy to Rewrite America’s Past".
© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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