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Evasão

MEC diz que pior notícia da Pnad é 1,8 milhão de jovens fora da escola

O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, disse nesta quinta-feira (18) que a pior notícia da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) é o grande número de jovens entre 15 e 17 anos que está fora da escola. Pelos cálculos do MEC, mais de 1,8 milhão de adolescentes estão fora da escola, a maioria homens. Segundo o secretário, desde 2003 o número de jovens nessa faixa etária matriculados na escola é quase o mesmo, em torno de 82%.

De acordo com ele, "esse é um drama social brasileiro, porque esses jovens são vitimas da violência". Lázaro afirmou que a escola no Ensino Médio ainda é pouco atraente para esses jovens e as oportunidades de trabalho também colaboram para que haja mais evasão nessa faixa etária.

"Tem um pequeno grupo, constante, que não está interessado na escola. A proposta do MEC é recuperar o Ensino Médio e reforçá-lo. Estamos investindo na questão tecnológica para garantir a educação profissional desses jovens", afirma.

Segundo ele, é preciso parar com a ilusão de que o destino de todos é a universidade. "Não pode se criar a ilusão de que o destino de todos passa pela universidade. Isso é ilusão. Se a pessoa tiver estudo médio mais consistente tem empregabilidade mais garantida. Em lugar nenhum do mundo a universidade é o destino de todos", argumenta Lázaro.

Educação infantil

Por outro lado, ele comemora os dados que mostram um aumento do número de crianças com 4 e 5 anos que estão na pré-escola. Segundo ele, os dados são ainda "mais impressionantes" porque na região Nordeste os índices de pré-escolarização são os mais elevados do país.

"Qualquer estudo no mundo mostra que se a criança começa mais cedo fica mais tempo na escola. Haverá uma evasão menor no futuro", diz.

Analfabetismo

O secretário revelou ainda que cerca de 1,3 milhão de pessoas estavam inscritas no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do MEC em 2007. Porém, ele não sabe dizer quantas dessas pessoas que buscaram a alfabetização depois de adultas realmente aprenderam a ler e escrever.

"Nós não tínhamos uma prova que avaliasse o desenvolvimento do estudante. A partir do ano que vem vamos fazer uma avaliação no ingresso do aluno e na sua saída. Isso vai nos dar um parâmetro", revelou o secretário.

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