O ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou nesta quarta-feira (4) o fim de um acordo de cooperação técnica internacional suspeito de irregularidades. De acordo com Weintraub, o governo brasileiro enviou R$ 178 milhões à Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), desde 2008, para a contratação de consultores.
Com a suspensão da parceria, foram dispensados 89 consultores que trabalhavam no Ministério da Educação (MEC) como se fossem servidores da pasta.
Leia também: CNPq deu bolsas para pesquisadores sem currículo adequado
"O contrato é irregular, na nossa opinião, a ponto de acionar os órgãos competentes. Não estou acusando ninguém de roubo. Não estou acusando ninguém de dolo. Quem vai decidir são os órgãos competentes", disse o ministro.
O acordo está suspenso desde 10 de junho. A investigação está sendo feita pela corregedoria do MEC, pela Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União. Em 2018, foram R$ 37,4 milhões repassados à entidade. Os salários dos consultores variavam entre R$ 6 mil e R$ 12 mil.
Entre as irregularidades citadas pelo MEC estão o fato de o acordo não ter sido aprovado pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores; a ausência de envio de documentos para análise da consultoria jurídica do MEC e a falta de publicação do acordo no "Diário Oficial da União".
Leia também: Brasil cai no ranking das melhores universidades da América Latina
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião