O Ministério da Educação (MEC) dará suporte extra a escolas que estão com dificuldades na alfabetização, segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Manuel Palacios. Ao todo, 26,5 mil escolas receberão apoio, não apenas nos primeiros anos, quando ocorre a alfabetização, mas também até o 9.º ano do ensino fundamental. A ajuda inclui educação integral, formação de professores e material didático específico. A intenção é iniciar a ajuda até meados do ano que vem. As informações são da Agência Brasil.
O MEC mapeou, a partir dos resultados da Prova Brasil, aplicada ao 5.º e 9.º ano do ensino fundamental, e da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), aplicada às crianças do 3.º ano do ensino fundamental, as escolas que concentram a maior parte dos alunos com baixo desempenho ou desempenho muito insuficiente nessas avaliações. Em número, as escolas correspondem a pouco menos de 50% das avaliadas pela Prova Brasil. Metade delas está na Região Nordeste.
O apoio será dado pela articulação de programas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que busca garantir que os alunos até 8 anos estejam alfabetizados em português e matemática; o Mais Educação, que oferece jornada ampliada e educação integral às escolas; e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Será um projeto da União em parceria com os demais entes federados.
O MEC discute também aprimorar a formação de professores. Uma proposta é que os docentes passem por uma espécie de residência nas escolas, a exemplo do que ocorre com os médicos. Os professores formados atuariam nas redes municipais e estaduais durante um ou dois anos com contratação temporária. Durante esse período, receberiam uma bolsa do governo federal. A proposta ainda está em debate interno no MEC, mas segundo o secretário, em 2016 há a possibilidade de ser apresentada formalmente. Ainda não há definição de prazo para a execução.