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Política pública

Mercadante diz que Lei de Cotas vai contribuir para melhorar ensino público

A Lei de Cotas, cuja regulamentação deve ser apresentada pelo governo até esta quinta-feira (11), contribuirá para a melhoria do ensino das escolas públicas, segundo avaliou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar na manhã desta quarta (10) da abertura do seminário Qualidade do Ensino Médio, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

De acordo com o ministro, com uma maior possibilidade de ingresso na universidade, os estudantes e professores se empenharão mais para melhorar a qualidade do ensino. No entanto, Mercadante lembrou que as universidades terão que se esforçar para garantir o pleno acompanhamento desses estudantes. O ministro defendeu a participação das universidades federais na elevação da qualidade do ensino médio do país. Para ele, a boa formação universitária do professor garante um melhor rendimento dentro da sala de aula. "A universidade agora terá que se dedicar mais à formação dos professores da rede pública. É um motivo a mais para trabalharmos juntos nesse processo".

Mercadante lembrou que, a partir de 2013, os professores de escolas públicas deverão receber tablets com toda a bibliografia da fase escolar, e as escolas deverão ser equipadas com rede de internet sem fio. Haverá ainda novos investimentos em formação inicial e continuada para professores, diretores e gestores.

Apesar das deficiências ainda existentes, é possível se observar uma evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no período de 2005 a 2011, segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, que também participou do evento. No ensino médio, o índice evoluiu de 3,4 para 3,7, atingindo a meta estipulada. De acordo com o dirigente, o salto é ainda maior no ensino fundamental, cujo índice saltou de 3,8 para 5,0 no mesmo período. Para o presidente do Inep, isso pode significar que, no futuro, esses jovens contribuirão para um aumento no índice do ensino médio. "O Brasil está melhorando, estamos avançando e vamos avançar. A pergunta é: a que velocidade queremos isso? Tem que ser rápido", concluiu.

A partir do dia 16 deste mês, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), vai discutir medidas de melhorias para o ensino médio, segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Cesar Callegari. "A partir do momento que os estados indicarem com clareza qual é o seu projeto em relação ao ensino médio, o MEC oferecerá apoio técnico e financeiro a curto, médio e longo prazos", explicou.

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