Grupos favoráveis e contrários ao projeto de lei "Escola Sem Partido" protestaram em diversas cidades do Brasil nesta terça-feira. A “Marcha pelo Escola Sem Partido” foi organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e, segundo os organizadores, teve ações em quase 100 municípios, em19 estados.
“Buscamos realizar o ato durante a atividade parlamentar dos vereadores em todo o país. A ideia era protocolar o projeto de lei durante as sessões plenárias locais e creio que fomos bem sucedidos”, afirma Renan Santos um dos coordenadores do MBL. “Em algumas cidades, a chuva acabou dificultando. O objetivo é pressionar as Câmaras, não fazer atos gigantes”.
Em São Paulo, o ato aconteceu por volta das 13h, em frente a Catedral da Sé. Para Renan, a ação é necessária para combater a doutrinação ideológica em sala de aula. “É ali que eles perpetuam narrativas e promovem um trabalho cultural medonho que se choca com os valores dos alunos e de seus familiares”, diz.
“Mesmo professores com salários acima da média, como em Porto Alegre, apresentam desempenho sofrível. Ainda assim, agarram-se firmemente na luta contra um projeto que apenas busca esclarecer o direito dos alunos a um ensino minimamente isento, deixando claras suas prioridades. Para o MBL, a ‘Escola Sem Partido’ é um campo de batalha importante, que fora negligenciado por décadas pela sociedade civil”, completa.
Paraná
Já em Curitiba, cerca de 100 pessoas se reuniram em frente à Câmara Municipal pela manhã. Grupos trocaram xingamentos e houve um princípio de confusão entre membros das duas frentes depois que algumas bandeiras foram queimadas. Três pessoas foram identificadas pela Polícia Militar (PM) e assinaram termos circunstanciados no local: um menor e um professor de 44 anos, pelo movimento contrário, e um professor da rede municipal pelo Escola Sem Partido.