As escolas de educação básica devem medir a temperatura de alunos e professores, obrigar que seja feito o uso de máscara e respeitar o distanciamento mínimo de 1 metro para a volta às aulas presenciais durante a pandemia da Covid-19. As orientações são do Ministério da Saúde e constam em um documento divulgado nesta sexta-feira (18).
A data para o retorno é definida por estados e municípios. No documento, o ministério recomenda que a volta de alunos e profissionais com doenças crônicas deve ser avaliada "caso a caso". O guia não tem força de ditar as regras nas unidades de ensino, mas serve como orientação.
O Ministério da Saúde não mencionou qual deve ser ocupação máxima das salas de aula, mas recomenda que estejam limpas e bem ventiladas.
A pasta também informou que já repassou R$ 545,3 milhões para o apoio à retomada das aulas a municípios que participam do programa Saúde na Escola. A verba é destinada para a compra de materiais de limpeza e desinfecção, álcool em gel ou líquido 70% máscaras, termômetros infravermelhos, além da "promoção da saúde e prevenção" da covid-19.
No documento, o Ministério da Saúde salienta quais são os principais cuidados gerais contra a Covid-19, como uso constante de máscara, cuidados ao tossir e espirrar, higienização dos ambientes e distanciamento mínimo de 1 metro.
"Temos de nos adaptar à nova realidade. Onde vamos absorver hábitos, tudo isso aliado a uma futura vacina. Mas não podemos parar de viver. E com toda a segurança possível temos de iniciar essa retomada das atividades, que são necessárias até para a nossa saúde mental", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, em entrevista à imprensa.
Recomendações do Ministério da Saúde
Marcações no piso para mostrar o distanciamento entre alunos foi outro pedido feito a instituições de ensino. Também há a recomendação para que as escolas orientem pais ou responsáveis a levarem alunos ao atendimento médico, caso a criança apresente sintomas de síndrome gripal. As autoridades locais de saúde devem ser notificadas sobre casos suspeitos. Em casos confirmados, as escolas devem ser informadas, e as atividades "devem ser reavaliadas".
Outra orientação é para que as instituições de ensino façam o escalonamento dos horários de chegada e saída dos alunos, além de intervalos, para que turmas não se encontrem. Também recomenda evitar uso de áreas comuns, como bibliotecas e parquinhos.
As atividades físicas devem ser feitas ao ar livre, mantendo o distanciamento, e de máscara. As refeições, orienta a Saúde, devem ser feitas na sala de aula ou de forma escalonada em refeitórios, com higienização do ambiente entre as trocas de turmas.
As escolas devem suspender o uso de armários compartilhados. Além disso, atividades especiais, como aulas de música ou teatro devem ser feitas no mesmo local de estudos regulares, à distância ou suspensas.
Em creches, os cuidados devem ser "redobrados", com higienização de brinquedos e ambientes. A Saúde afirma que discutiu com o Ministério da Educação a elaboração do guia.
Alunos especiais também exigem cuidados específicos. Crianças e profissionais que precisem fazer ou interpretar leitura labial podem usar máscaras transparentes.