O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou que estuda a implantação do modelo de gestão compartilhada entre civis e militares na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), palco de um massacre no dia 13 deste mês.
Vélez informou pelas redes sociais que deve se encontrar na segunda-feira (25) com o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), para falar do assunto.
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Na mensagem, o ministro informou que vai adiantar o repasse anual de uma verba federal, o chamado PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola).
O modelo de gestão compartilhada já foi implantado em pelo menos quatro escolas do Distrito Federal. Os primeiros resultados já são visíveis, como relata Márcio Faria, diretor de uma das escolas que recebeu o programa: "É visível que a comunidade e os professores estão mais felizes, têm mais condições de trabalhar, a organização melhorou, houve mudança de hábitos e a procura pela escola aumentou", conta à Gazeta do Povo, por telefone.
A rede do DF deve receber cerca de R$ 10 milhões de recursos federais para a transição de 36 escolas para o modelo. Essa parceria servirá como projeto-piloto para a ação federal.
"Como um alento à comunidade escolar de Suzano, Raul Brasil, informo que o MEC antecipou o repasse anual do PDDE. Segunda-feira, me encontrarei com o prefeito, Rodrigo Ashiuchi, para estudarmos a viabilidade do modelo cívico-militar na escola", disse no Twitter.
Tristeza
Na última terça (19), os alunos da unidade voltaram pela primeira vez após o massacre. Na entrada, cartazes lembravam: "O amor vence a tristeza".
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A fachada da escola foi pintada nas cores azul e amarelo para receber os alunos. As salas de aula também ganharam nova pintura.
As salas foram transformadas em divãs, onde serão realizados os trabalhos de aconselhamento psicológico coordenado por psicólogos. No pátio também serão realizadas rodas de conversa. A ideia da direção da escola é que os alunos consigam usar o momento para lidar de frente com o trauma que passaram.
Militarização
A militarização de escolas é uma das diretrizes na área da educação do governo Jair Bolsonaro (PSL).
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Na nova política do MEC, as redes de ensino deverão apresentar projetos para receberem apoio técnico-financeiro do governo. O dinheiro deve ser aplicado, segundo a pasta, na manutenção, conservação e reformas.
Também haverá recursos previstos para a capacitação e formação dos profissionais. Qualquer material produzido deverá estar disponível para compartilhamento entre as redes.