O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira (14) que não é possível antecipar se sua pasta sofrerá novos cortes caso o crescimento da economia seja menor que o previsto pelo governo federal.
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O Ministério da Educação (MEC) sofreu um congelamento de R$ 7,4 bilhões, 5% do total do orçamento anual da pasta, de R$ 149 bilhões. Weintraub tem insistido que o descongelamento desses recursos depende da aprovação da reforma da Previdência.
“Vou perguntar para o [ministro da Economia] Paulo Guedes especificamente sobre isso. Hoje não tenho como antecipar”, disse, durante um café da manhã com jornalistas, organizado pelo MEC. “A única certeza na vida é a morte e os impostos”, completou ele, ao ser questionado se a Educação estaria blindada.
O ministro disse estar "administrando os bloqueios no MEC", congelando apenas os recursos previstos para o segundo semestre.
"Isso é gerenciar. Eu gerencio: 'o que precisa agora? Comprar remédio e trocar o pneu do carro'. É importante, mas dá para segurar para o segundo semestre. Dá, fica com pneu careca, mas o meu filho está com dor agora. Então, vai administrando e é isso que estamos fazendo".
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Os bloqueios de orçamento no MEC atingiram recursos que vão da educação infantil à pós-graduação. Nas universidades federais, chegam a R$ 2 bilhões, o que representa 3,5% do total da verba destinada a elas - 30% da verba discricionária (não obrigatória).
Apesar dos bloqueios, Weintraub, que é economista, indicou que é responsabilidade da área econômica definir qual será o impacto das contas públicas no orçamento da Educação.
“É difícil ver alguém de um ministério social se recusando a atacar o ministério da Economia se ele estiver fazendo o trabalho dele. Eu vou bater de mão fechada se eles forem contingenciar o contingenciado. Eu tenho condição de saber se eles estão fazendo um trabalho direito”.
Entidades educacionais, estudantes e professores convocaram para esta quarta-feira (15) uma série manifestações pelo Brasil. Weintraub não quis comentar o assunto.
O MEC convocou a presença da Força Nacional, que já está presente diante da pasta nesta terça. O secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, disse que o chamado foi feito por precaução.