O ministro da Educação, Fernando Haddad, pretende que as universidades públicas estaduais e federais garantam vagas para que todos os professores atuantes na educação básica possam completar a sua formação. A intenção deve constar no Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, com lançamento oficial previsto para 28 de maio, a ser feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Haddad ressaltou a importância da formação continuada dos docentes para alcançar a qualidade da educação brasileira, durante a conferência de abertura do 12º Fórum Nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), promovida na noite de anteontem. "O direito de acesso à universidade pública gratuita para eles é tão importante quanto o direito fundamental de uma mãe matricular seus filhos na escola", afirmou.
A proposta do MEC é implementar o plano em regime de colaboração com estados e municípios. As vagas oferecidas devem ser preferencialmente presenciais, mas a modalidade à distância também está prevista. Os docentes com licenciaturas diferentes das áreas em que atuam poderão ainda optar pelo segundo curso, num tempo de duração mais curto. A implementação da proposta deve ocorrer nos próximos três anos e depende da adesão de instituições de ensino superior. "Já temos algumas parcerias estabelecidas", reafirmou Haddad.
De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento Profissional (Capes), um dos órgãos responsáveis pela elaboração do Plano, 1,6 milhão de professores que atuam na rede pública da educação básica não têm formação superior. O Plano Nacional está sendo elaborado com base no Decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2009.
No Paraná, desde 2007, existe o Programa de Desenvolvimento Educacional, uma parceria entre universidades e faculdades estaduais e federais, que garante a formação continuada de professores atuantes na rede estadual de ensino. Nesse ano mais de 2 mil docentes devem passar pela capacitação. De acordo com a coordenadora do Programa, Simone Bergmann, as parcerias já existentes no estado devem facilitar a implantação do sistema nacional. "Os modelos aqui já estão feitos e podem ser aproveitados", diz.
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