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| Foto: Roberto Custodio/Arquivo/Gazeta do Povo

Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgados pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira, mostram um quadro assustador na qualidade do Ensino Médio. Na rede pública, apenas quatro estados conseguiram ficar acima da meta estabelecida. Entre os colégios privados, apesar de as notas terem sido superiores, elas ficaram aquém da expectativa: apenas Roraima, com média 5.6, conseguiu alcançar o objetivo.

Olhando a série histórica, os resultados da rede particular neste último Ideb, referente ao ano de 2015, apontam para um quadro de piora na qualidade do ensino no país. Em relação a 2013, apenas nove dos 27 estados da federação conseguiram melhorar seus indicadores; seis mantiveram a mesma nota e 12 apresentaram queda.

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“As escolas particulares, que abrigam os filhos das classes médias e da elite, estão em situação melhor que a rede pública, mas numa escala global não vão bem”, avalia Priscila Cruz, presidente-executiva da ONG Todos pela Educação. “Mesmo o que a gente considera excelência no Brasil, está longe de ser excelência quando comparado a outros países.”

Santa Catarina ficou pela segunda vez consecutiva no topo da lista dos estados, apesar da queda no Ideb de 5.9 para 5.8, em 2013 e 2015 respectivamente. Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul aparecem empatados na segunda posição, com índice de 5.7. O pior resultado aconteceu no Pará, que viu a nota de suas escolas particulares cair de 4.9 para 4.0, muito abaixo da meta projetada de 5.9.

Roraima, único estado brasileiro a bater a meta estipulada, ocupa a sétima posição no ranking. Em relação a 2013, o Ideb aumentou de 5.3 para 5.6. O Rio de Janeiro ocupa apenas a 20ª posição, com índice de 5.0, 0.2 ponto acima que em 2013. O resultado esperado esperado era de 6.0.

“O que fica claro é que precisamos mudar a arquitetura do Ensino Médio do país”, diz Priscila. “Não adianta mais tentar melhorar o que está aí, que é muito ruim, está estagnado há anos. São gerações que nós estamos perdendo.”

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