Os números são pequenos, mas a esperança é grande. De 2001 a 2013, a quantidade de estudantes de graduação que receberam bolsas pelo Pibic, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, para desenvolver projetos de produção de conhecimento, cresceu 67%, de 14,5 mil para 24,5 mil. Esse contingente de pesquisadores “juniores” conseguiu melhores postos profissionais e muitos deles reduziram o tempo para conseguir os diplomas de mestrado e doutorado. É isso o que sugere o estudo que acaba de ser publicado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O CGEE avaliou a trajetória nos anos seguintes de estudantes que participaram do Pibic e os resultados, segundo os pesquisadores, são promissores para a inovação científica. De um universo de 192 mil egressos desses projetos no período entre 2001 e 2013, 21,8% (42 mil) concluíram o mestrado e 7% (13,4 mil) o doutorado até 2014. Isso representa 9,5% do total de títulos de mestrados concedidos nesse período (444 mil) e 10% do total de doutorados (131 mil). É uma parcela incipiente, mas representativa.
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A pesquisa também apontou que no final de 2014, 50,6% dos estudantes que fizeram Pibic entre 2001 e 2013 estavam empregados. Entre os titulados com mestrado e doutorado, 55,8% e 66,3% deles, respectivamente, conquistaram um posto de trabalho formal.
“Não podemos nos acomodar com esses números, mas eles são expressivos. Por isso, acredito que o país deveria continuar a expandir esse programa, que tem uma relação de custo-benefício relativamente baixa, de R$ 400 mensais por aluno , e consegue fazer com que jovens que estão ainda na fase de formação profissional, estudantes de graduação, participem diretamente da produção de conhecimento”, diz o presidente do CGEE, Mariano Laplane.
Os resultados foram apresentados em evento nesta terça-feira (25) em Brasília, de comemoração dos 66 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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