Um levantamento do Ministério da Educação mostra que, nas escolas públicas, 54,7% das crianças do 3º ano do Ensino Fundamental têm um nível inadequado de alfabetização.
Os dados fazem parte da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), feita pelo Inep (órgão do ministério) e divulgada nesta quarta-feira.
A ANA consiste na aplicação de 20 questões objetivos de leitura, 3 de resposta discursiva e 20 objetivas de matemática. Cerca de 2,2 milhões de estudantes de 48 mil escolas foram avaliados em novembro de 2016.
Apesar do resultado ruim, houve uma evolução na comparação com 2014, quando o levantamento mostrou 56,2% dos alunos com nível inadequado de leitura.
A avaliação de leitura tem os níveis 1 (elementar) 2 (básico) 3 (adequado) e 4 (desejável). Apenas 13% dos estudantes foram classificados no nível desejado de leitura. Em 2014, eram 11,2%.
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â Ideias (@ideias_gp) June 25, 2017
A região Norte teve os piores resultados: lá, 73% dos estudantes estão nos níveis 1 ou 2. No Nordeste, foram 69,1%. Depois, aparecem o Centro-Oeste (51,2%), o Sul (45,95% e o Sudste (43,9%).
Dentre os estados, Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará ficaram com os três primeiros lugares. Minas, o melhor da lista, tem 37,6% dos alunos abaixo do nível adequado.
Os três últimos são Maranháo, Amapá e Sergipe - que obteve os piores índices, com 80,2% dos alunos em um nível inadequado de leitura.
Escrita
Na classificação de escrita, o índice vai de 1 a 5; os três primeiros são considerados inadequados. Nesse quesito, o resultado foi melhor:a maioria dos alunos (66,1%) obteve nota 4 ou 5.
Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais tiveram os melhores resultados. Na outra ponta, estão Amapá, Pará e Maranhão.
Matemática
O levantamento também mostrou uma ligeira melhora no despenho de Matemática: 45,5% dos estudantes estão no nível adequado, ante 42,9% em 2014. Novamente, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo ocuparam os três primeiros lugares. Maranhão, Sergipe e Amapá ficaram no fim da lista.
Programa
O Ministério da Educação também lançou nesta quarta-feira a Política Nacional de Alfabetização. Ministra em exercício, Maria Helena Guimarães explicou qual será o núcleo do programa: “A principal iniciativa da Política Nacional de Alfabetização é um programa de apoio aos estados e municípios, às turmas do primeiro e segundo anos, com materiais didáticos de apoio, de acordo com a escolha dos estados e municípios, com apoio para o professor assistente e formação continuada”, disse.
A pasta também pretende criar o Mais Alfabetização, um projeto para financiar assistentes de alfabetização que trabalharão em conjunto com os professores dentro da sala de aula no primeiro e segundo anos do ensino fundamental. A ideia é atingir 4,6 milhões de alunos.
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