Divulgado nesta terça-feira (10), o estudo "Education at a Glance" edição 2019, da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que, embora o Brasil invista em educação mais do que outros países desenvolvidos membros da organização, seu gasto por aluno está abaixo da média dessas outras nações.
*Leia aqui o relatório completo
Os países mais ricos do mundo fazem parte da OCDE. O Brasil, porém, e outras nações, como Argentina, Peru e Bulgária, não são membros da entidade, mas convidados.
Segundo dados do relatório, enquanto o Brasil investe 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de educação, a média de investimento de outros países da OCDE nessa área não ultrapassa 3,2%.
O percentual cai, no entanto, quando fala-se em investimento público por aluno. Em educação infantil, por exemplo, o Brasil investe até US$ 3,8 mil por estudante. A média de investimento dos outros países da OCDE nessa categoria, porém, é de US$ 8,6 mil.
Salário dos professores
Professores brasileiros ainda ganham menos do que profissionais de grande parte das nações da OCDE, revela o relatório.
Aqui, a média de remuneração dos docentes do ensino fundamental, por exemplo, é de US$ 22 mil (anuais). Nos países desenvolvidos, o valor ultrapassa US$ 36 mil (anuais).
O salário dos professores de ensino médio não é tão maior: US$ 23,9 mil (anuais). Mas em outras nações, pula para quase US$ 46 mil.
Graduação no "tempo ideal"
O estudo da OCDE traz ainda outras informações importantes, como o percentual de estudantes que concluem o ensino superior no "tempo ideal".
Somente 33% dos estudantes conseguem finalizar os estudos no tempo proposto. Isso é, mais da metade dos alunos conclui a graduação após três anos do período ideal.
A média de outros países da associação, porém, é de 39%.
Categoria "nem-nem"
O percentual de jovens brasileiros "nem-nem", ou seja, pessoas entre 18 e 24 que não trabalham nem estudam, ainda é alta no Brasil: 25%.
O índice das outras nações para esta categoria chega a 14%.