Todo início de ano ocorre uma maratona de organização. Na escola, a arrumação do prédio, ensalamentos, semana pedagógica etc. Nas famílias, ansiedade por um novo ano a começar, cada qual com seus anseios, preocupações, revelações e descobertas. E junto a isso, a organização do material escolar, no qual está contido, sempre, o caderno, com toda a sua majestosa condição de avaliar o educando/filho em suas possibilidades e responsabilidades, na sua disciplina, organização, capricho e, principalmente, na capacidade de mostrar que aprendeu um novo conteúdo e o assimilou com qualidade.

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Mas é neste caderno e na condição que ele nos dá – e nós damos a ele – que devemos observar o dia-a-dia da escola e da vida desta criança. Questionar por que existem dias de capricho e esmero, letra maravilhosa e por que existem dias de verdadeiros garranchos e extremo relaxo? Avaliar, tendo consciência que este aluno, criança e filho é um ser inacabado e sempre será, auxilia-nos a verificar qual o caminho e processo a percorrer.

Esse discernimento é muito valioso, tanto para o professor quanto para a família. Basta um olhar inteligente para perceber que a cada página virada é um novo dia, um novo recomeço, com erros e acertos, todos em prol de uma vida mais feliz e certamente de melhor resultado, pois ninguém erra porque quer errar, ninguém deixa de aprender porque não quer aprender. Cada um é um, cada caderno é um caderno e cada página virada é um novo recomeço.

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Vale a dica do caderno. Ele existe na escola e existe na vida de todos nós...

Psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e membro do Conselho de Educação RPC.