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A presença de crianças na controversa exposição do Santander Cultural, em Porto Alegre, e na performance com nudez no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, deixa uma lição: a escola é importante, a lei é essencial e o governo é indispensável. Mas nada substitui a família. 

Nos últimos meses, um número crescente de pais tem despertado para os riscos que a sala de aula pode oferecer. A doutrinação política e a cooptação moral das crianças e adolescentes parece ser um risco cada vez mais evidente. Temas como a ideologia de gênero, muitas vezes impostos sem a concordância dos país, provocam – com razão – reações enfáticas, inclusive dentro do Legislativo. 

Mas é preciso mais do que isso. 

No caso do Santander, os organizadores abriram a exposição para excursões escolares. As obras com referências à pedofilia e à zoofilia estavam expostas, portanto, para crianças que participavam de atividades regulares de suas escolas. 

Se, em algum momento do passado, bastava aos pais assinar a autorização para esses passeios sem se preocupar com o conteúdo que seus filhos veriam, esse tempo já está muito distante. A realidade é outra. 

No episódio do MAM (e na passagem da mesma exposição por Salvador, cuja imagem ilustra esta matéria), não houve nem mesmo uma omissão das escolas. Foram os próprios pais das crianças que, ignorando a classificação indicativa e as normas do pudor e da prudência, estimularam seus filhos a tocar um desconhecido nu, em uma performance que, se já beira o incompreensível para os adultos, é ainda mais esvaziada de qualquer sentido artístico para crianças.

Para além das eventuais implicações criminais dos dois episódios, os casos do Santander e do MAM trazem uma mensagem importante aos pais: a luta contra a doutrinação e o aliciamento em sala de aula é primordial, mas não é tudo. 

A família está, ao mesmo tempo, na linha de frente e na última trincheira da educação. Quando ela falha, por ação ou omissão, não há substituto. 

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