A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) emitiu uma nota informando que solicitou a reintegração de posse das escolas estaduais ocupadas. O pedido foi feito à Procuradoria Geral do Estado. Até as 13h40 desta segunda-feira (10), chegava a 87 números de instituições de ensino paranaenses cujos alunos aderiram ao movimento desencadeado há uma semana, que tem como foco principal protestar contra a proposta de reforma do ensino médio.
A lista de unidades ocupadas pelos alunos é atualizada constantemente pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes). Desde as 8 horas desta segunda, subiu de 65 para 87 a quantidade de ocupações registradas nas escolas estaduais do Paraná.
A assessoria de imprensa da Seed afirma, contudo, que o órgão não tem um balanço oficial das escolas atingidas pela mobilização. “Em relação à reposição, as escolas devem reorganizar o calendário escolar para garantir o cumprimento dos números mínimos de dias e horas previstos em lei para assegurar o ano letivo”, diz a nota.
Mais de 90 em todo o país
A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos fez com que mais de 94 escolas e institutos federais em dez estados fossem ocupados até o fim da manhã desta segunda-feira, segundo nota da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). A instituição afirma que os estudantes estão se posicionando também contra a Medida Provisória editada pelo governo federal da reforma no ensino médio - caso do Paraná - e contra o projeto conhecido como Escola Sem Partido, que está em discussão na Câmara.
Segundo balanço divulgado pelos secundaristas, o estado com o maior número de escolas ocupadas é o Paraná. A nota leva em conta a quantidade de ocupações divulgadas no fim da manhã, que contabilizava apenas 74 unidades em 18 municípios paranaenses.
Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul com ocupações em sete institutos federais. Rio Grande do Norte (5), Minas Gerais (2), Goiás (1), Mato Grosso (1), São Paulo (1), Pernambuco (1) e Alagoas (1), além do Distrito Federal (1), também estão na lista. Segundo o movimento, o balanço foi atualizado às 12h08.
“Acreditamos que essas propostas não são adequadas para a real mudança da escola pública em nosso país. A mobilização está acontecendo de forma voluntária, onde a conscientização dos estudantes cresce a cada minuto”, afirmou a presidente da Ubes, Camila Lanes, através da nota.