O estudo "Números do Ensino Privado no Brasil-2005", realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que os gastos com a educação dos filhos em instituições particulares correspondem, em média, a 13,6% do orçamento familiar. A pesquisa foi feita pela FGV sob encomenda da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).
As famílias com renda mensal entre um e oito salários-mínimos (de R$ 300 a R$ 2.400) gastam cerca de 9,4% de sua renda com a manutenção dos filhos em escolas e universidades privadas. As com renda de oito a 33 mínimos (de R$ 2.400 a R$ 9.000) gastam, em média, 14,24% do orçamento com educação.
Segundo a FGV, as instituições particulares empregam cerca de 660 mil profissionais, o que corresponde a cerca de 1% dos trabalhadores do país (70 milhões), e a remuneração média no setor é de R$ 915,28, valor 25% maior que o salário nas escolas públicas (R$ 686,03) e 43% superior ao rendimento da média dos brasileiros (R$ 521,71). O estudo mostra que o número de escolas particulares no país aumentou 19% entre 1999 e 2004 e passou de 29.500 para 35.200. Ao mesmo tempo, a quantidade de instituições públicas de ensino diminuiu.
Apesar da expansão das escolas particulares, o número de matrículas registradas aumentou apenas 4,74% no mesmo período. Com este resultado, a quantidade de alunos por escola caiu 9,2% no ensino fundamental e 17,2% no ensino médio. A média geral de estudantes por instituição era de 192 e passou para os 174. Segundo a FGV, o setor de educação particular movimentou R$ 35,1 bilhões no Brasil no ano passado e as escolas privadas contribuíram com R$ 20,6 bilhões para o Produto Interno Bruto (1,3% do total).
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