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A falta de acesso à educação dos camponeses e cidadãos de classes menos favorecidas é tão violenta quanto as décadas de cerceamento à terra que impedem os pobres de sobreviver trabalhando na agricultura. A comparação foi feita nesta segunda-feira (12) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em Luziânia (GO), cidade do entorno do Distrito Federal.

O ministro abriu o Seminário Nacional de Educação Básica das Áreas de Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Organizado pelo MST, o encontro reúne até sexta-feira (16) mais de 500 educadores formados no movimento. Segundo Haddad, o governo Lula se preocupa com essa realidade de falta de acesso aos vários níveis de educação.

"Na educação básica, estamos próximos da aprovação da emenda constitucional que cria o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico). No ensino superior, temos a proposta de interiorização das universidades, com a criação de 36 novos campi em cidades do interior para dar acesso ao trabalhador do campo. Na educação continuada, o MEC criou o Proeja, Programa de Educação de Jovens e Adultos, que orienta todas as escolas técnicas e agrotécnicas a disponibilizar 10% de suas vagas em 2006 e 20% em 2007 para filhos de trabalhadores rurais", revelou.

Haddad disse que, só este ano o Proeja está possibilitando a 10 mil jovens cursar o ensino básico. Em dois anos, esses jovens completarão o ensino médio.

O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, fará palestra A realidade brasileira e a construção de alternativas.

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