Funcionários da rede estadual de ensino realizam uma paralisação nesta terça-feira (9). O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) estima que a mobilização tenha afetado os serviços em 60% dos 2.138 colégios. Procurada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) não deu informações.
"Em um levantamento que fizemos pela manhã, funcionários de mais de 60% das escolas pararam as atividades, como limpeza, merenda, atendimento de secretaria. O fluxo maior é no período da manhã e deve ser mantido à tarde", declarou Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP.
A intenção do movimento é pressionar o governo a atender às reivindicações da categoria. Durante o período de paralisação, os funcionários que deveriam comparecer no trabalho, mas sem exercer suas atividades foram convocados a participar de debates e reuniões internas para discutir a pauta de reivindicações. Os servidores pedem um reajuste salarial de 8,59% e alterações no plano de carreira. O sindicato negocia com o governo a implantação de mecanismos de promoção nos casos em que os funcionários se graduem ou terminem uma especialização, a criação de concursos de remoção como ocorre com os professores e a alteração no sistema de férias.
Adesão
Segundo o APP-Sindicato, a adesão à paralisação é uniforme em praticamente todas as regiões do Paraná. A reportagem entrou em contato, aleatoriamente, com algumas instituições de ensino e todas as atividades e serviços foram ofertados normalmente em todas elas. Entre as escolas consultadas estão a Parque Itaipu, de Maringá; a Ulysses Guimarães, de Foz do Iguaçu; Barão do Rio Branco e Colégio Estadual do Paraná (CEP), de Curitiba.
"Aqui no CEP não tivemos adesão dos servidores. Parece-me que há dentro da escola um movimento de parar durante uma hora para fazer uma reunião com um representante da APP. Todas as atividades estão acontecendo normalmente", conta a assessora de gabinete do colégio, Maria Luiza Moreira da Rocha Diniz Lacerda.
Ao todo, a rede estadual conta com cerca de 28 mil servidores. "São profissionais importantíssimos, assim como os professores. Recebem os pais e alunos nas escolas, cuidam de todo o espaço educativo. Fazem parte de um trabalho conjunto", afirma Marlei. Uma nova paralisação está agendada para o dia 17 de outubro.
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