Para conter o provável surto de gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, que deve atingir o Brasil no próximo inverno, a Secretaria de Estado de Educação (Seed) remanejou o calendário de aulas. A partir da próxima segunda-feira, 1,4 milhão de alunos retorna para a rede estadual de ensino. Na metade do ano haverá uma novidade: em vez de duas semanas de férias, os estudantes terão um mês de recesso. A medida visa evitar o acúmulo de pessoas no momento em que o vírus H1N1 circulará com mais força. A má notícia é que o ano letivo novamente irá até pouco antes do Natal.
A recomendação em relação às medidas de prevenção continua. Diretores ficam responsáveis por manter a escola abastecida de álcool gel e sabão. "São hábitos que devem ser incorporados, porque conseguimos diminuir também o índice de contaminação de outras doenças", diz a secretária, Yvelise Arco-Verde. Ela explica que o órgão está seguindo as determinações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e que, se o surto for controlado e a vacinação em massa for positiva, o calendário poderá ser modificado.
Reprovação
Yvelise afirmou que os alunos reprovados ou aprovados por conselho de classe têm um plano de trabalho individual desenvolvido pelos docentes e são acompanhados durante o ano letivo. A existência do conselho de classe é determinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), mas recentemente houve reclamações de pais e professores sobre alunos que eram aprovados em conselho, mas não tinham condições de avançar para a série seguinte.
A Seed garante que não faltarão nem vagas nem professores neste início de ano. Há somente problemas isolados em 13 municípios afetados pelas chuvas e falta de vagas em alguns bairros de Colombo (região metropolitana de Curitiba), que está sendo resolvida com a criação de turnos intermediários. Professores foram selecionados neste ano por meio de processo seletivo simplificado para compor um banco de reservas caso haja necessidade de substituições.
