Seis policiais militares de São Paulo foram afastados pela corregedoria e sua corporação após a divulgação nas redes sociais de um vídeo com imagens de uma abordagem em uma escola estadual da Zona Oeste da capital paulista na noite de terça-feira (18). Acionados pela direção da Escola Estadual Emydio de Barros para retirar da escola um jovem que não estava matriculado, os policiais foram filmados agredindo o rapaz e um aluno da escola, menor de idade, que também tentou filmar a abordagem.
Leia também: A relação das polícias com as universidades: afinal, elas podem ou não entrar nos campi?
"A Polícia Militar esclarece que os seis policiais envolvidos na ocorrência já foram identificados. Assim que tomou conhecimento, o comandante da área determinou a imediata instauração de inquérito policial militar para a rigorosa apuração dos fatos. O comandante também afastará os envolvidos da atividade operacional até o término das investigações", afirmou, em nota, a corporação.
De acordo com testemunhas, um ex-aluno da escola, que não consta mais na lista dos matriculados, entrou em uma das salas e queria assistir aula. Discutiu com professores e com a direção da escola, que acionou a polícia.
Para retirar o rapaz da escola, os policiais o imobilizaram e derrubaram. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que policiais acertaram socos e chutes no rapaz. Eles também dominam outro jovem, que tentava filmar a situação e um deles aponta arma para um grupo de estudantes.
Os dois jovens foram detidos e encaminhados à delegacia. O Conselho Tutelar foi acionado, apresentou os vídeos da ação, apontando abuso de autoridade por parte dos policiais, que foram afastados até a conclusão da apuração sobre o caso.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; acompanhe o Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?