As conquistas educacionais de jovens brancos não são nada que mereça destaque, mas as conquistas de negros não são nada mais que vergonhosas.
Vamos observar um exemplo recente de um resultado educacional muito comum.
Em 2016, em 13 das 39 escolas de ensino médio em Baltimore, nenhum estudante conseguiu pontuação proficiente no exame estadual de matemática. Em seis outras escolas de ensino médio, apenas 1% dos estudantes conseguiram proficiência em matemática.
Em números gerais, 3.804 estudantes de Baltimore fizeram o exame estadual de matemática, e 14 atingiram proficiência. Em toda a cidade de Baltimore, apenas 15% dos estudantes passaram no exame estadual de inglês.
No começo do ano, exames finais para os formandos foram realizados em uma escola de ensino médio em Baltimore, e 90% dos estudantes receberam a pontuação mais baixa em matemática. Apenas um estudante chegou perto da proficiência. Os pais e familiares aplaudiram a entrega de diplomas. Alguns dos estudantes receberam prêmios de desempenho e bolsas de estudos.
O caso de Baltimore não é único. É uma parte pequena de um desastre educacional em andamento para estudantes negros em todo o país. As escolas de Baltimore não estão com falta de verba. Dos 100 maiores sistemas educacionais do país, as escolas de Baltimore estão em terceiro lugar nos gastos por aluno.
Os estudantes negros de Baltimore recebem diplomas que comprovam que eles podem operar em nível de 3º ano do ensino médio, quando na verdade eles talvez não sejam capazes de operar em nível de 7º ou 8º ano do ensino fundamental.
Esses estudantes e suas famílias têm poucos motivos para suspeitar que os seus diplomas sejam fraudulentos. Portanto, se eles não conseguem um bom emprego, não conseguem passar no exame seletivo para serviço civil ou têm notas ruins na faculdade e são forçados a desistirem, eles atribuirão essa situação ao racismo.
Afinal, eles têm um diploma de ensino médio, assim como uma pessoa branca tem um diploma de ensino médio. Nas suas cabeças, a única explicação para serem tratados de modo diferente é racismo.
Vamos olhar para a matemática.
Se um estudante se forma no ensino médio sem uma proficiência mínima em álgebra e geometria, ele provavelmente encontrará áreas e profissões inteiras fechadas hermeticamente para ele por toda a sua vida. Em muitas áreas e profissões, um nível mínimo de proficiência em matemática é algo implícito.
Vamos analisar apenas um empreendimento – se tornar piloto de caça.
Há relativamente poucos pilotos de caça negros. Há requisitos físicos, mentais e de caráter rigorosos que muitos negros podem cumprir.
Mas pilotos de caça também devem ter um conhecimento sólido de navegação aérea, procedimentos de operação de aeronaves, teoria de voo, mecânica de fluidos e meteorologia. Os cursos superiores que ajudam a preparar os graduandos para uma carreira como piloto de caça incluem matemática, física e engenharia.
Qual a resposta da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) para a fraude educacional?
Em uma reunião em 2016, o conselho de diretores da NAACP ratificou uma resolução que pedia uma moratória em charter schools. Entre os motivos da NAACP para isso, eles queriam que as charter schools parassem de “excluir estudantes que as escolas públicas têm o dever de educar” e deixassem de “perpetuar a segregação de crianças com desempenho mais alto daquelas cujas aspirações podem ser altas, mas os talentos ainda não são tão óbvios”.
A Baltimore Collegiate School for Boys é uma charter school. Em 2016, 9% dos seus estudantes conseguiram pontuação proficiente no exame estadual de matemática. Neste ano, mais de 14% conseguiram isso.
É do interesse de pessoas negras que mais dos nossos jovens frequentem escolas melhores. No entanto, é do interesse do sistema educacional – e dos seus servos na NAACP – deixar os jovens negros em escolas públicas fracassadas.
Poucas pessoas se importam em questionar se existe uma conexão entre o que acontece em escolas de ensino médio de maioria negra e os resultados observados. A violência é algo tão rotineiro em muitas escolas de maioria negra que seguranças são contratados para patrulhar os corredores.
A violência inclui agressões aos professores. Alguns foram nocauteados, tiveram seus maxilares quebrados e precisaram de tratamento psiquiátrico para transtorno de estresse pós-traumático. Além da violência, há uma desordem grosseira e desrespeito por autoridade.
A questão intrigante para mim é: por quanto tempo as pessoas negras aceitarão essa destruição educacional de jovens negros – algo que apenas beneficia o sistema educacional?
*Walter E. Williams é professor de economia na George Mason University.
Originalmente publicado no The Daily Signal.
Tradução: Andressa Muniz
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