• Carregando...
Davidson, que sempre gostou de computadores, termina o curso de informática em um ano e meio:  “Frequentar as aulas abriu minha visão” | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Davidson, que sempre gostou de computadores, termina o curso de informática em um ano e meio: “Frequentar as aulas abriu minha visão”| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Sem vaga e capacitação

Dos 8 milhões de brasileiros que estavam desocupados em 2007, 5 milhões nunca tinham frequentado cursos de educação profissional, segundo informações da Agência Brasil. Esse número representa um percentual de 66,4% do total de pessoas que estão à procura de emprego e não conseguem vagas no mercado de trabalho.

Leia a matéria completa

Abandono em supletivos é de 43%

Para um país que ostenta altas taxas de repetência e evasão, um caminho natural para acelerar a escolarização seria a educação de jovens e adultos (antigos supletivos). No entanto, a pesquisa divulgada pelo IBGE mostra que 43% dos 8 milhões de brasileiros que já frequentaram esses cursos não os concluíram. Os motivos mais citados para o abandono foram a falta de horário compatível com o trabalho (28%) ou com os afazeres domésticos (14%).

Leia a matéria completa

Classes de menor renda são maioria

Mais de 10 milhões de pessoas com idade superior a 15 anos frequentam ou já frequentaram cursos de educação para jovens e adultos (EJA), motivadas principalmente pelo desejo de retomar os estudos que precisaram ser interrompidos, muitas vezes, para a entrada no mercado de trabalho.

Leia a matéria completa

  • Confira as principais características da educação profissional e da complementar

Em 2007, das 8,9 milhões de pessoas com idade acima de 10 anos no Paraná, 31,4% faziam ou já haviam feito um curso de educação profissional – o percentual é o segundo maior do Brasil, atrás somente do Distrito Federal, com 33,7%. Entre as nove regiões metropolitanas pesquisadas, a de Curitiba ficou em primeiro lugar, com 35,3% das mais de 2,8 milhões de pessoas com idade a partir dos 10 anos cursando ou já tendo cursado o ensino profissional, seguida de Belo Horizonte (30,9%) e Porto Alegre (29,1%). No país, 22,4% das mais de 159 milhões de pessoas nessa mesma faixa etária tinha cursado o ensino profissional.

Os dados são do suplemento "Aspectos Complementares da Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional", lançado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traça o perfil da educação profissional (qualificação, técnico de nível médio e graduação tecnológica) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no país, com base na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) de 2007. "É a primeira vez que uma pesquisa dessa abrangência sobre os dois tópicos é feita no país. Até então não tínhamos dados geográficos tão confiáveis para orientar a implementação da educação profissional, de acordo com a demanda e as características de cada estado", afirma o pesquisador do IBGE responsável pela PNAD no Paraná, Estevão Generoso.

Perfil

Segundo o IBGE, dentre os tipos de educação profissional, a qualificação, tida como a porta de entrada para o mercado de trabalho para boa parte das pessoas, corresponde ao maior contingente: 81,1%. O técnico de nível médio corresponde a 18,2% e graduação tecnológica, a 0,7%. O curso de qualificação profissional mais procurado foi o de informática, seguido de indústria e manutenção e comércio e gestão.

O porteiro Davidson Alberto da Silva, 22 anos, descobriu novos horizontes quando começou a frequentar o curso de informática do Colégio Estadual Professora Maria Aguiar Teixeira. Interessado desde pequeno por computadores, hoje sonha em trabalhar na área. Daqui a um ano e meio, quando o curso gratuito termina, ele pretende cursar Engenharia da Computação. "Frequentar as aulas mudou meu rumo, abriu minha visão. Cada dia aprendo algo novo."

No ensino médio técnico, as áreas de destaque foram saúde e indústria. Já na graduação tecnológica, a área de comércio, gestão e turismo foi a que mais concentrou alunos (23,4% no Brasil, 36% na região Sul).

Rede privada predomina

As instituições particulares corresponderam, de forma geral, a mais da metade (53,1%) do atendimento da educação profissional no país. "Nesse número não estão apenas as escolas privadas, mas também as organizações não-governamentais e as empresas que investiram na qualificação de seus funcionários", assinala Generoso.

Segundo informações do secretário de Educação Profissional Substituto do Ministério da Educação (MEC), Getúlio Ferreira, para a Agência Brasil, o governo federal pretende mudar essas estatísticas nos próximos estudos, oferecendo cursos profissionais em mais 241 escolas federais até 2010, além das 140 que existem atualmente.

No Paraná, de acordo com a chefe do departamento de Educação e Trabalho da Secretaria Estadual de Educação, Sandra Garcia, serão 12 novas escolas com cursos profissionais até o ano que vem. "Hoje temos 265 escolas profissionalizantes em 163 municípios do estado. Os investimentos virão, na maior parte, do governo federal."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]